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Racismo policial | Justiça Racista inocenta policial que pisou no pescoço e espancou mulher negra em 2020

A Justiça Militar julgou nessa terça-feira (23) o caso ocorrido em 2020, onde o soldado da PM, João Paulo Servato, espancou uma mulher negra, quebrou sua perna e pisou em seu pescoço. A decisão dos juízes foi, por 3 votos a 2, absolver o policial agressor. Mais um retrato do racismo escancarado da polícia e da justiça.

quarta-feira 24 de agosto de 2022 | Edição do dia

Foi na tarde de 30 de maio de 2020 que o PM efetuou a abordagem, junto com seu comparsa, o cabo Ricardo de Morais Lopes, contra a comerciante de 59 anos. Os PMs ainda alegaram que a vitima teria os agredido com rodo e ameaçado com uma barra de ferro, tudo desmentido pelas imagens ou pelas testemunhas.

Os crimes cometidos pelos policiais de acordo com o Ministério Público de SP foram: lesão corporal, abuso de autoridade, falsidade ideológica e inobservância de regulamento. Por outro lado, o advogado dos policiais, João Carlos Campanini, assim como o agressor, alegam que não cometeram crime e apenas seguiram o procedimento padrão.

O "procedimento padrão" que o policial e o advogado é repetidamente usado contra a população negra e pobre em todo o país, onde diariamente reprimem, espancam, torturam a matam. O "padrão" racista também pode ser visto pelo mundo, como no caso do policial que matou George Floyd com o joelho no pescoço, que foi sucedido de uma forte onda de lutas do Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), incendiando os EUA e o mundo.

Enquanto Bolsonaro e seus seguidores aplaudem chacinas pelo país, a Justiça Militar segue inocentando assassinos. Fato é que a PM de SP está entre as mais assassinas do mundo. A mesma polícia que foi comandada por anos por Geraldo Alckmin, hoje vice de Lula na disputa presidencial. Não é se aliando com a direita que vamos derrotar o bolsonarismo e arrancar justiça por todas vidas arrancadas pela polícia racista. É necessário apostar na força dos trabalhadores aliados à juventude, negros, mulheres, LGBTS, indígenas e todos os setores oprimidos, sem nenhuma conciliação com a direita, para derrotar o bolsonarismo e arrancar justiça por cada vítima da polícia racista.




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