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JUSTIÇA POR LORENA | Lorenna, mulher trans, morre depois de ter sido deixada sedada em clínica durante incêndio

Lorenna estava em uma clínica de São Paulo, sedada para realização de cirurgia, quando começou um incêndio no local e ela foi deixada lá dentro. Ela morreu ontem (21) após dias na UTI em estado grave por conta do ocorrido. Justiça por Lorena!

segunda-feira 22 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

Imagem: Reprodução/Instagram

O caso aconteceu na última quarta-feira, dia 17, quando Lorenna Muniz, mulher trans de 25 anos, de Recife, estava na clínica “Saúde Aqui”, localizada no bairro Liberdade, em São Paulo. Ela estava sedada para a cirurgia de implantação de próteses mamárias quando ocorreu um curto-circuito na clínica, causando o incêndio. Todos saíram correndo de dentro do local e deixaram Lorena lá, sedada e inalando fumaça.

O marido de Lorenna, Washington, que permanece em Recife, só ficou sabendo do ocorrido dois dias depois. Na última sexta-feira (19), Washington publicou em suas redes sociais um vídeo denunciando e explicando a situação, pedindo ajuda pois a clínica não lhe dava retorno.

A cena do momento do incêndio foi divulgada nas redes pela deputada estadual Erica Malunguinho (PSOL-SP), denunciando a escandalosa situação em que Lorenna é deixada na clínica sedada.

Lorenna só foi socorrida após a chegada dos bombeiros no local. Ela ficou internada no Hospital das Clínicas por cinco dias, em estado grave, vindo a falecer ontem (21) por morte cerebral.

A Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) se manifestou sobre o caso ontem, em nota, prestando solidariedade e denunciando o caso: "Infelizmente, Lorena é mais uma vítima da opressão de gênero, da pressão estética e do descaso do estado nos cuidados da saúde específica da população trans. E este não é um caso isolado". Ainda segundo a Associação e também conforme fala Washington, a clínica “Saúde Aqui” é bastante procurada pelas mulheres trans de todo Brasil para realização de procedimentos, dado as longas filas de espera do SUS. É preciso que a clínica seja responsabilizada pelo ocorrido.

Justiça por Lorenna!




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