×

Cortes na educação | MEC de Bolsonaro recua ataque nas universidades, mas continua com a educação como alvo

No começo desta semana, o governo Bolsonaro, em seus últimos meses de gestão do Estado, aplicou mais um ataque à educação. Bloqueou cerca de 366 milhões de reais das universidade públicas, o que deixava em risco o funcionamento de diversas universidades no país que, mesmo em final de ano, estão em período letivo. Entretanto, perante a repercussão, o Governo acaba por recuar no bloqueio, porém mantém os seus cortes ao conjunto da educação.

quinta-feira 1º de dezembro de 2022 | Edição do dia

Na manhã desta quinta-feira (01), a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) afirmou que o Ministério da Educação (MEC) desbloqueou os R$ 366 milhões do orçamento das universidades e institutos federais que haviam sido bloqueados no dia 29 de novembro.

A informação posteriormente foi confirmada pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).

Após diversas repercussões negativas perante os bloqueios, que colocavam em risco os funcionamentos mais básicos da universidade, como o pagamento da conta de lu e de água. Reitores de universidades federais como de Juiz de Fora (UFJF), de Viçosa (UFV) e de Uberlândia (UFU), em Minas Gerais, por exemplo, mencionaram o risco de suspensão de atividades acadêmicas e administrativas, além de fechamento de setores e de atraso de pagamento de bolsas a estudantes.

Segundo divulgado pela pasta, a justificativa para tal bloqueio foi para respeitar o famigerado “teto de gastos” , como uma justificativa para mais um ataque à educação que vem sendo alvo do governo desde o início de seu mandato, a mesma resposta para o conjunto de ataques que tanto a educação quanto a saúde sofreram nos últimos anos, o que apenas fortificou os setores privados, os tubarões da educação e Organizações Sociais (OS) . Os ataques na educação, que vêm sendo aplicados desde o Governo PT, com Dilma, e que se tornaram ainda mais alvos durante o governo Bolsonaro, impactaram diretamente no funcionamento da universidade e foi um dos motivadores do protagonismo do movimento estudantil contra o reacionário no Governo Bolsonaro.

Agora, mesmo com a negativa para este último bloqueio, são já 8 anos de cortes consecutivos na educação que chegaram nesse ano a quase R$1,7 bilhões de reais, que foram aprofundados com o golpe institucional de 2016 e o Teto de Gastos, e hoje se expressam na precarização da assistência estudantil, infraestrutura e demissão de terceirizados. Por isso, é necessário que o movimento estudantil, sindicatos e a UNE, se organizem desde a base, em cada local de estudo ou trabalho, para estarmos preparados para ataques. A extrema-direita não sumiu do nosso cenário político, sendo uma força social reacionária presente no regime político, mesmo com a derrota eleitoral na presidência. Só com a unidade de estudantes e trabalhadores será possível enfrentar as reformas e o bolsonarismo!




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias