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Greve | Maior greve da história da Ryanair se enfrenta com os patrões e o governo do Estado Espanhol

Teve início a terceira greve dos aeroviários da Rynair no Estado Espanhol, exigindo direitos trabalhistas mínimos, como férias remuneradas, salários mínimos e o fim da repressão sindical. Em sua luta, os trabalhadores têm que lidar com a repressão sindical da empresa e a exigência de serviços mínimos impostos pelo Ministério dos Transportes.

terça-feira 9 de agosto de 2022 | Edição do dia

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Conforme anunciado há algumas semanas e dada a recusa da empresa em negociar com os trabalhadores, a terceira greve na Rynair começou. De 8 de agosto a 7 de janeiro haverá paralisações de segunda a quinta-feira todas as semanas para lutar por uma série de direitos trabalhistas mínimos como salário mínimo, férias anuais remuneradas e a reintegração de 11 trabalhadores demitidos por exercerem seu direito à greve.

Os sindicatos também denunciam que a empresa retoma a escalada da repressão contra a liberdade de associação de seus trabalhadores, utilizando de cartas com ameaças a seus funcionários que estão de licença médica, por exemplo. Como algumas mídias noticiaram, nessas cartas a empresa ameaça punir seus funcionários por terem utilizado mais de uma vez por ano o seu direito de afastamento por motivos de saúde, tentando violar não apenas o direito de licença médica, mas também a sua privacidade, exigindo informações sobre a causa exata do seu problema de saúde.

Este novo ataque aos trabalhadores tem por objetivo forçar a reincorporação dos trabalhadores ao trabalho sem respeitar os seus direitos, e junta-se à exigência de serviços mínimos abusivos do Ministério dos Transportes. Isso permitiu que a empresa forçasse todo o quadro de funcionários a cumprir os serviços mínimos.

USO e Sitcpla, os sindicatos que lideram a luta, denunciam que a Ryanair se recusa a sentar para negociar e que a única resposta da empresa às suas cartas tem sido ameaças aos delegados sindicais e ao comitê de greve. Por sua vez, conforme relatado anteriormente, o CCOO, sem se comunicar com o restante dos trabalhadores e dos sindicatos, chegou a um acordo com a empresa do qual apenas seus membros se beneficiam e tentou ajudar a empresa retirando trabalhadores das mobilizações em um gesto da burocracia sindical para conquistar a confiança dos patrões.

Apesar de a empresa afirmar publicamente que a greve não atinge mais de 1% dos seus voos, a realidade é que as manifestações de junho e julho já cancelaram 319 voos e neste primeiro dia de greve já foram 10 cancelados. Embora a empresa tente minimizar os efeitos da greve, a realidade é que ela está alcançando relevância midiática.

Os trabalhadores denunciam o papel do Governo com os serviços mínimos abusivos impostos pelo Ministério dos Transportes e exigem que o Governo e os ministérios competentes, incluindo o Ministério do Trabalho, retirem esta medida abusiva.




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