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USP | Mais de 60 professores da USP assinam abaixo-assinado em defesa das demandas dos trabalhadores do bandejão central

Em meio ao surto de contaminações de covid-19 no bandejão central da USP, mais de 60 professores da Universidade de São Paulo assinaram abaixo-assinado em apoio a luta desses trabalhadores que estão paralisados em defesa de suas vidas.

quinta-feira 27 de janeiro de 2022 | Edição do dia

IMAGEM: ESQUERDA DIÁRIO

Nas últimas semanas, os trabalhadores do bandejão central da Universidade de São Paulo vem enfrentando um grave descaso da divisão de alimentos da SAS (Superintendência de Assistência Social da Universidade de São Paulo) e da Reitoria que, em meio a um surto de covid-19 na unidade, onde 40% do quadro de funcionários se contaminaram recentemente, não tomaram nenhuma providência para garantir a saúde dos funcionários, como a testagem dos trabalhadores, até então.

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Desde o dia 12 deste mês, esses trabalhadores estão paralisados, sendo um movimento que vem se fortalecendo através de diversas iniciativas e de demonstrações de solidariedade por parte de outras categorias e de estudantes, tendo inclusive organizado um forte ato na última quarta-feira (27) em frente a reitoria para denunciar essa situação e em defesa de suas vidas.

Diante desse cenário, um abaixo-assinado em apoio aos trabalhadores foi elaborado nos últimos dias e já obteve centenas de assinaturas, sendo que mais de 60 delas foram assinadas por professores da própria USP. Tratata-se de um importante apoio que demonstra como essa luta não se refere apenas a uma categoria específica, mas diz respeito a univerisdade de conjunto e uma luta contra a precarização do trabalho, e consequentemente da própria universidade, assim como em defesa da vida desses trabalhadores.

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Confira o Abaixo-Assinado e o link para assinar também:

Basta de descaso! Todo apoio à luta dos trabalhadores do Bandejão da USP

Na última terça-feira (18), os trabalhadores do Bandejão da USP organizaram um ato contra o descaso da reitoria da Universidade que se nega a organizar qualquer plano de testagem, mesmo com o avanço de contaminações por covid-19 em toda a USP. Desde quarta-feira passada (12/1), eles estão paralisados por conta da confirmação de 16 casos de covid somente na unidade de trabalho deles. Eles exigem um plano de testagens periódicas para garantir a segurança sanitária dos trabalhadores, junto ao afastamento imediato dos doentes e casos suspeitos. Haverá uma ato, neste dia 26/01, às 12h, em frente à reitoria que chamamos todos a apoiarem!

Enquanto a pandemia se alastra na universidade, a reitoria da USP, ao mesmo tempo que nega suporte a esses trabalhadores, avança com o plano de retorno presencial às atividades acadêmicas sem um amplo debate com a comunidade universitária e sem tomar as medidas necessárias para queo retorno das atividades presenciais se dê de maneira realmente segura e planejada, com a adequação dos espaços e fornecimento de máscaras e álcool em gel para toda a comunidade. Essas medidas da reitoria se alinham aos interesses eleitorais de Doria, que tenta apresentar um falso retorno à normalidade, enquanto segue com o sucateamento da saúde e precarização do trabalho, passando por cima da vida dos setores mais vulneráveis da universidade, que sequer contam com a garantia de testagem, frente ao sistema de saúde sobrecarregado e os preços abusivos dos testes.

Parte dos funcionários do Bandejão são do grupo de risco, seja pela idade avançada ou por possuírem comorbidades. Muitos adoeceram nos últimos anos, fruto da política privatista na universidade que os sobrecarregou com a redução no quadro de funcionários e com o avanço da terceirização. Nesse momento, muitos não encontram atendimento mesmo no Hospital Universitário, já que essa unidade de saúde tem enfrentado os mesmos problemas gerados pelo desmantelamento dos serviços públicos, falta de profissionais, sobrecarregada de trabalho e adoecimento, o que só escancara a urgente demanda por contratações de trabalhadores efetivos.

A situação vivida por esses trabalhadores escancara a negligência da reitoria e dos governos estadual e federal na condução da pandemia no estado e no país. Se hoje batemos recordes de contaminação e internações, isso se deve às políticas adotadas por Doria e Bolsonaro que impõem medidas que só precarizam as condições de vida e trabalho, que sucateiam os serviços públicos e que respondem somente aos interesses dos empresários em detrimento da classe trabalhadora e da população pobre.

A luta dos trabalhadores do Bandejão da USP, junto à mobilização das trabalhadores da saúde que paralisaram neste dia 19 são exemplos contra o negacionismo de Bolsonaro e a demagogia de Doria. Justamente por isso, acreditamos ser fundamental o apoio a esse conflito e chamamos todos ao ato convocado pelos trabalhadores nessa próxima quarta-feira 26/01, em defesa da vida!

Link para assinatura: Basta de descaso! Todo apoio à luta dos trabalhadores do Bandejão da USP




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