×

Natal | Maternidade Araken é atingida por incêndio graças à estrutura precária mantida por Álvaro Dias

Na manhã deste domingo (05), ocorreu um incêndio no Hospital Maternidade Dr Araken Irerê Pinto (HMAIP), no bairro Petrópolis, Zona Leste de Natal. Por sorte não houve feridos, porém esse caso mostra o descaso de Álvaro Dias (Republicanos) com a saúde da população natalense, em especial com pessoas gestantes, mas também com os trabalhadores da saúde.

segunda-feira 6 de fevereiro de 2023 | Edição do dia

Érica Galvão, diretora do SindSaúde, disse em entrevista ao jornal Tribuna do Norte, que ninguém ficou gravemente ferido, mas que informações levar a crer que haviam gestantes em trabalho de parto no momento em que ocorreu o incêndio, e agora o prédio carrega um cheiro terrível de fumaça, prejudicial à saúde dos usuários e funcionários. A moradora de um condomínio vizinho ao hospital registrou o fogo que saía da base do ar-condicionado do hospital.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal afirma que as chamas começaram por volta das 6h20, em sala de pré e pós parto desocupado de enfermaria do hospital.

A SMS também diz que o problema pode ter começado em um aparelho de ar condicionado, mas alegou que estes passam por manutenções mensais, e que ainda não se sabe exatamente quais foram as causas do incêndio. O incêndio afetou um leito, segundo a SMS, e não chegou a afetar outras áreas do hospital nem o sistema elétrico da unidade.

Esse acontecimento não é por acaso e não é a primeira vez. Em 2022, ocorreu um princípio de incêndio no Hospital Municipal Dr. Newton Azevedo. Esses acontecimentos lamentáveis são responsabilidade do prefeito Álvaro Dias, que precariza a saúde da classe trabalhadora natalense. Dias, além de ser negacionista, precariza as condições de trabalho dos servidores, cortou seus direitos em 2021, como a gratificação covid, e mantém uma situação de falta de trabalhadores da saúde. O prefeito, durante toda a sua gestão, se negou a atender as reivindicações dos trabalhadores da saúde, ao mesmo tempo que sua política negacionista durante a pandemia produziu longas filas de leitos, enquanto muda as decisões conforme os interesses dos grandes empresários da capital potiguar.

O sistema de saúde natalense encontrou a pandemia com prédios danificados, como já haviam denunciado os trabalhadores da saúde em sua greve em dezembro de 2019. O legado de Álvaro Dias está manchado pelas mortes desses trabalhadores, que chegaram a representar mais de 35% das mortes pela COVID 19 no estado.

Para que haja de fato uma saúde de qualidade em Natal, no Rio Grande do Norte e em todo o Brasil, é necessário batalhar por unificar efetivos e terceirizados da saúde para lutar pela reforma nos hospitais e maternidades de Natal e do RN, que passam por problemas estruturais em vários âmbitos, como buracos, mofo, e a rede elétrica antiga. Contra precarização do trabalho, que afeta também o atendimento à população defender a contratação imediata para suprir a demanda de atendimento devido o aumento da contaminação entre os funcionários e a efetivação de todos terceirizados sem concurso público, pois além de terem sido linha de frente no combate a pandemia, são essenciais para o funcionamento do sistema de saúde. E mais uma vez enfrentam uma situação de fome, como no hospital João Machado, onde os trabalhadores da empresa Justis estão há simplesmente 4 meses sem receber salário, tanto por responsabilidade da empresa que deixa os funcionários passando fome, mas não deixa de lucrar, quanto do governo de Fátima Bezerra (PT) que não faz o repasse do salário dessas trabalhadoras.

Pode te interessar: Terceirizados do João Machado estão sem salário há 4 meses com descaso da empresa e de Fátima (PT)

Mas também é necessário também lutar por um SUS 100% estatal sob gestão dos trabalhadores da saúde, que é a única forma de garantir que as necessidades da população sejam atendidas, contra a precarização a serviço da privatização promovida por governos como de Álvaro Dias, e também pelos governos do PT. E junto a isso, defender o fim do teto de gastos e o não pagamento da dívida pública, que são medidas reacionárias que servem para usar o dinheiro da classe trabalhadora para pagar os banqueiros donos da dívida pública, uma dívida que não foi contraída por nenhum trabalhador brasileiro, e que o governo Lula-Alckmin já demonstrou que vai seguir pagando fielmente, sendo que esse dinheiro poderia ser utilizado para garantir saúde de qualidade e outras necessidades.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias