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Meio milhão de mortos por coronavírus nos Estados Unidos

Apesar de uma leve tendência de queda a nível nacional, o país norte americano superou nesta segunda-feira o marco de meio milhão de mortos por covid-19, o que o coloca como o país mais afetado em termos absolutos pela pandemia, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

terça-feira 23 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

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Os Estados Unidos chegaram ao marco de meio milhão de mortos; a Índia, sendo o segundo país com mais número de casos no mundo, impôs um novo confinamento; e o premier britânico, Boris Johnson, prometeu que o país será completamente reaberto em 21 de junho. Tudo isso no marco dos casos diários de contágio diminuindo a nível global.

Nesta segunda foram reportados 291.658 casos dentro de 24 horas, por volta de 56.000 a menos do que no domingo. O número de mortes foi de 5.707 - 2.600 menos que no domingo -, segundo a base de dados da Universidade Johns Hopkins. No entanto, as condições desiguais no que tange à aquisição das vacinas parecem se agravar cada vez mais.

Prova disso é o fato de o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreysus, ter acusado que “alguns países ricos” estão “soterrando” o sistema de distribuição de vacinas contra o coronavírus da iniciativa Covax. Ele também se mostrou frustrado frente aos compromissos das empresas com os EUA e a União Europeia.

“Alguns países ricos se certificam de garantir com os fabricantes o seu acesso a doses adicionais de vacinas, e por isso o número de doses destinadas à Covax foi reduzida.”, criticou Tedros em uma conferência de imprensa.

Adicionou em seguida: “Só podemos entregar vacinas aos países membros da Covax se os países ricos cooperarem respeitando os contratos.”

Nesta segunda, por exemplo, o governo de Honduras decidiu por comprar doses direto dos fabricantes para iniciar sua campanha de vacinação, já que o lote da Covax atrasou novamente.

Por outro lado, os EUA, país mais afetado em termos absolutos desde o início da pandemia, superou os 500.000 mortos entre mais de 28 milhões de casos confirmados desde o começo da pandemia.

Covid-19 no mundo

Na Ásia, a Índia, o segundo país com mais contágios absolutos (11 milhões) e o quarto em número de mortos (mais de 156.300) atrás apenas de Estados Unidos, Brasil e México, o governo de Narendra Modi voltou a impor restrições no estado de Maharashtra, a capital econômica do país, após o aumento de casos nas últimas semanas. A medida foi tomada em meio a protestos importantes contra a reforma trabalhista do setor agrícola.

Entre as novas restrições há a proibição de qualquer reunião religiosa, social e política, e em nenhum momento se descarta a ideia de um novo confinamento.

O aumento dos casos, 14.000 na Índia no dia anterior, segundo dados do Ministério da Saúde, acontece ao mesmo tempo em que a campanha de vacinação no país apresenta atrasos.

Enquanto isso, no Irã, um dos países mais afetados pela pandemia, foi anunciado que o país começará a produzir massivamente sua própria vacina contra o coronavírus a partir de abril e a exportará apenas “quando as necessidades internas estiverem satisfeitas”, informou o ministro da saúde, Saeed Namaki, citação da agência de notícias Fars.

Paralelamente, em Israel, onde mais de 49% da população recebeu pelo menos uma das doses, o governo não descartou aplicar duras restrições ao carnaval judeu, Purim, que será celebrado neste final de semana e que habitualmente reúne multidões.

“Se o Purim causar outra onda do vírus, pode vir a ser necessário impor novas restrições, e até mesmo outro lockdown", advertiu o coordenador das questões relacionadas ao coronavírus, o professor Nachman Ash, à rádio nacional Kan, citado pela agência Sputnik.

Ash revelou que a variante britânica do vírus está presente em quase 90% dos novos casos identificados no país, a sul africana em 1% e que foram encontrados sete casos de uma mutação na Califórnia e um caso de uma nova mutação em Uganda.

O Reino Unido também registrou uma melhora epidemiológica.

O primeiro ministro Boris Johnson assegurou que no dia 21 de junho a vida voltará quase ao normal no Reino Unido, logo depois de apresentar o plano nacional de saída do confinamento estrito que perdura no país há quase dois meses, e que tal plano se iniciará em 8 de março com a reabertura das escolas e continuará no dia 29 do mesmo mês com reuniões ao ar livre.

A Alemanha está um passo à frente, com escolas e creches sendo reabertas em grande parte do país, e o governo ainda planeja acelerar a vacinação de um milhão de professores que serão considerados como “alta prioridade” para serem vacinados, apesar do fato de que a Comissão Alemã de Imunização quer se concentrar em pacientes mais vulneráveis para vacinar.

Na Itália, por sua vez, o novo premier, Mario Draghi, baixou seu primeiro decreto com medidas anti coronavírus e estendeu até 27 de março a proibição de locomoção entre as 20 regiões do país enquanto continua autorizado que se visite amigos e parentes entre 5 a 22 anos nas áreas em fase amarelo ou laranja.

Enquanto isso, Biden se lamenta com lágrimas de crocodilo pelo meio milhão de mortos em seu país e outras potências combinam distintos tipos de abertura e confinamento. Junto a isso, vemos milhares de casos de vacinados por puro privilégio pelo mundo todo. A corrida pela vacina contra o covid-19, além de ter seu elemento geopolítico e de guerra comercial, também se liga a um grande “salve-se quem puder” dos ricos e poderosos de todo o planeta.

Traduzido de: http://www.laizquierdadiario.com/EE-UU-supero-el-medio-millon-de-muertos-por-coronavirus




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