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Eleições 2022 | Ministros bolsonaristas acenam para Lula prevendo derrota eleitoral

Políticos antes apoiadores do presidente Jair Bolsonaro tentam se relocalizar frente o cenário de derrota que se anuncia pelos institutos de pesquisa. Ministros e ex-ministros próximos ao bolsonarismo, principalmente no nordeste do país, buscam interlocutores da chapa Lula-Alckmin mostrando um claro oportunismo político.

terça-feira 27 de setembro de 2022 | Edição do dia

Diante da provável derrota do presidente Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais, e conforme mostram os institutos de pesquisa com chances de ocorrer no 1° turno, ministros e ex-ministros do presidente têm acenado para a chapa Lula-Alckmin, principalmente entre aqueles que possuem base eleitoral e política no nordeste do país, segundo informações da colunista da Folha, Mônica Bergamo.

Em um oportunismo eleitoral sem limites, esses políticos que foram os responsáveis junto com Bolsonaro pelos diversos ataques contra os trabalhadores, como a reforma da previdência, as milhares de mortes durante a pandemia, o aumento da miséria e da fome, empregos cada vez mais precários apoiados pela reforma trabalhista, o aumento da violência contra as mulheres, os negros, as LGBTQIAP+, o aumento da violência política, a devastação ambiental, agora tentam manter sua base política em um cenário de derrota dizendo que nada têm contra Lula, mantendo seu caráter reacionário e buscando se localizar em uma oposição mais branda.

Não podemos nos enganar achando que Bolsonaro e o bolsonarismo vai ser “derrotado nas urnas”, pelo contrário, continuará sendo um fator político nacional para depois das eleições. Estes políticos que agora tentam pular do barco e conquistar um espaço entre as alianças da chapa Lula-Alckmin, se por um lado mostram seu oportunismo para tentar se salvar, mostram também que neste amplo arco de apoios que a chapa Lula-Alckmin tem buscado pelo país com os setores mais reacionários do agronegócio, dos empresários, das igrejas evangélicas, até os ex-bolsonaristas querem garantir um espacinho.

Diversas declarações de Lula e Alckmin e, como dissemos, as alianças que constroem, demonstram que estes não estão dispostos a reverter as reformas e ataques implementados por Temer e Bolsonaro em nome dos interesses capitalistas. Apenas com a organização da classe trabalhadora de forma independente de patrões e da direita, lutando nas ruas é que poderemos enfrentar a extrema-direita e as condições de miséria em que vive a população brasileira.

É necessário levantar um programa operário para que sejam os capitalistas que paguem pela crise, levantando a necessidade da revogação das reformas trabalhista e da previdência e das privatizações, frente a fome defender o reajuste salarial de acordo com a inflação e congelamento dos preços dos alimentos, com a expropriação das indústrias alimentícias sobre controle dos trabalhadores, a redução da jornada de trabalho para 30h semanais, unindo empregados e desempregados contra os patrões para combater o desemprego.




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