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Moradora de São Paulo é obrigada a criar galinhas para sobreviver no Brasil de Bolsonaro

Uma moradora do bairro Jardim Ângela, na zona sul de São Paulo, é obrigada pelo desemprego a viver apenas com os 400 reais do Auxílio Brasil, antes Bolsa Família, programa de transferência de renda governamental.

terça-feira 24 de maio de 2022 | Edição do dia

Joelita mora em uma casa de apenas um cômodo com banheiro há oito anos, e passa por uma situação de extrema pobreza e insegurança alimentar grave. A moradora diz que come apenas arroz, feijão, ovo e banana que pega de sobras da feira. Os ovos, inclusive, são de produção própria, já que ela começou a criar galinhas para poder sobreviver e não precisar comprar ovos.

Por não conseguir comprar gás ela cozinhava em um fogão à lenha no quintal. Sua única renda é o Auxílio Brasil, o qual ela não recebia até o final do ano passado. Esse é um retrato do Brasil de Bolsonaro, onde as reformas advindas do golpe de 2016 se impõem sobre as vidas da classe trabalhadora e do povo pobre de maneira brutal.

O desemprego gira em torno de 11%, o que coloca milhões de trabalhadores entre a extrema pobreza por um lado e trabalhos informais e precarizados como entregadores de aplicativos por outro. Só na cidade de São Paulo mais de 619 mil famílias vivem em situação de extrema pobreza, um aumento de 30% em comparação a 2021 na mesma cidade.

Viver com 400 reais no Brasil de hoje é algo que força a classe trabalhadora e o povo pobre às situações mais absurdas, como a de Joelita, que se não tivesse espaço suficiente para criar suas galinhas não teria nem mesmo ovos para comer.

Mudar essa situação só é possível através da luta da classe trabalhadora contra esse regime do golpe que hoje se apoia em Bolsonaro, e não com as eleições, como tenta fazer parecer o PT e os partidos aliados a ele como o PSOL. Lula já declarou que não irá revogar as reformas se eleito, e sim trazer uma revisão a elas.

Para combater o desemprego e a fome é necessário que se garanta emprego para todos, com redução na jornada de trabalho sem redução nos salários com o objetivo de que os postos de trabalho sejam plenamente ocupados. Isso não acontecerá nos marcos do regime, por meio das instituições, que já falharam em retirar Bolsonaro do poder e que aprovaram todas as reformas que atingem a classe trabalhadora hoje, com o apoio de diferentes alas, como a extrema direita e também o judiciário bonapartista, que estão sempre juntos quando se trata de atacar os trabalhadores. Somente uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana pode mudar as regras do jogo e colocar em pauta todas as mazelas que atingem a sociedade brasileira, como o desemprego e a fome.




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