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Governo Lula-Alckmin | No governo Lula-Alckmin, somente o União Brasil cacifa 3 ministérios para a extrema-direita

Partido reacionário do centrão e Sérgio Moro, o União Brasil possui a quarta maior bancada na Câmara dos Deputados.

terça-feira 3 de janeiro de 2023 | Edição do dia

Em meio a quebras de protocolo e grandes festividades na posse de Lula e Alckmin, a fuga de Bolsonaro aos Estados Unidos, e dezenas de vídeos da nomeação dos 37 ministros, não é possível ignorar a composição total dos ministérios já que ao lado de figuras reivindicadas como progressistas, figuram representantes da extrema-direita até mesmo do Partido União Brasil.

Com indicações de Davi Alcolumbre (União Brasil), o partido ficou com dois ministérios do governo Lula-Alckmin, das Comunicações com Juscelino Filho e Daniela de Souza Carneiro no Turismo. Também foi indicado na Integração e Desenvolvimento Regional Waldez Góes que por hora é do PDT, mas está trocando de partido.

O União Brasil é produto da fusão entre o Democratas (DEM) e o Partido Social Liberal (PSL), que elegeu Bolsonaro originalmente, e apresentou nas últimas eleições Soraya Thronicke para a presidência, defensora da moral, dos bons costumes, ataques, propriedade privada e anti-feminista. Bivar, presidente do Partido, afirmou hoje que o União Brasil chegará a 100% de apoio ao governo Lula-Alckmin.

Caso a mudança de partido do novo ministro da Integração e Desenvolvimento Regional Waldez Góes se efetive, o União Brasil terá a mesma quantidade de ministros que o MDB, PSB e PSD.

As nomeações geraram questionamentos nas redes sociais, particularmente frente à nomeação de Juscelino Filho, reconhecido por ter defendido o Golpe Institucional de 2016, apoiado a prisão de Lula e parte da base parlamentar de Bolsonaro. Agora está frente a um ministério envolvido em diversas polêmicas, tanto no governo golpista de Michel Temer, quanto no de Bolsonaro, quando Roberto Alvim gravou vídeo em alusão ao ministro de propaganda de Hitler, Goebbels, entre outros escândalos.

Daniela Carneiro, deputada federal integrante da Frente Parlamentar Mista contra o Aborto e em Defesa da Vida, comemoradora efusiva de ataques aos direitos das pessoas que gestam no Brasil, é casada com o prefeito de Belford Roxo (RJ) Waguinho, de quem carregada apelido e é defensora de cada ataque aprovado contra os direitos da classe trabalhadora, agora está à frente do Ministério do Turismo.

Por último, Waldez Góes foi como governador do Amapá representante pela calamidade extrema vivida neste estado em meio à pandemia com semanas sem luz. Waldez Góesnão só não garantiu medidas mínimas para a população sobreviver, deixando-os sem água, sem comida, hospitais sem energia, como está sendo mandante de uma brutal repressão à população, em especial trabalhadores pobres, comunidades indígenas e quilombolas, que estão se manifestando. Crianças foram cegadas, trabalhadores tiveram suas casas invadidas pela polícia e as medidas repressivas com toque de recolher para toda a população.

É essa a cara da política de conciliação de classes que a tradição petista leva adiante, fortalecendo a extrema-direita e a direita que fez o Golpe Institucional de 2016. Por isso, é necessário organizar a luta de forma independente do governo, já que não haverá superação da miséria e das "desigualdades" sem enfrentar os interesses dos grandes empresários, começando pela revogação integral das reformas da previdência e trabalhista.

Leia também: Os significados e os sinais políticos de Lula no dia da sua posse




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