Preso hoje, 14 de janeiro ao desembarcar em Brasília, o ex-Ministro de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança no DF, é acusado de conivência e omissão nos atos bolsonaristas ocorridos contra os edifícios-sede dos Três Poderes no domingo dia 8 de janeiro.
sábado 14 de janeiro de 2023 | Edição do dia
O bolsonarista Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, foi preso na manhã deste sábado, 14 de janeiro, ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Brasília, por volta das 7h20.
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Torres estava em Orlando, nos Estados Unidos, mesma cidade em que se encontra seu aliado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). E ele é acusado pela Advocacia-Geral da União (AGU) de conivência e omissão nos atos de vandalismo contra os edifícios-sede dos Três Poderes no último domingo (8). Além do ex-secretário, também foi preso o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal Fábio Augusto Vieira.
Além da prisão preventiva executada hoje, Anderson Torres é alvo de inquérito no STF, juntamente com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que foi afastado na ocasião da invasão bolsonarista em Brasília, ambos por omissão nos atos que levaram à invasão.
Segundo a Polícia Federal (PF), Torres se encontra à disposição da justiça no 4º batalhão da Polícia Militar no Guará, região administrativa da capital federal, e o mandado de prisão preventiva contra Torres foi decretado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes agendou uma audiência para as 12h30 deste sábado, conforme consta em despacho do gabinete de Moraes. A oitiva deve ser realizada por videoconferência.
É preciso pontuar, que o mesmo STF que expediu mandado de prisão preventiva à Torres, proibiu a obstrução de vias públicas, a entrada de manifestantes em prédios públicos e baniu grupos no Telegram a pedido da AGU frente à nova convocação de manifestações golpistas.
Para nós do Esquerda Diário, o enfrentamento à extrema-direita precisa se dar sem com isso fortalecer as instituições desse regime político e a frente ampla no governo e com a convocação de uma paralisação nacional pelas entidades estudantis e Centrais Sindicais, sem ilusões nessas medidas autoritárias que necessariamente se voltarão contra a classe trabalhadora e os movimentos sociais, como já reflete diretamente na paralisação nacional dos entregadores no próximo dia 25 de janeiro, é preciso garantir o direito à manifestação desse setor profundamente precarizado da nossa classe que luta por condições dignas de trabalho e mesmo durante a pandemia saiu às ruas mostrando um caminho de luta contra os ataques de Bolsonaro aos nossos direitos.
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