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Conciliação de classes | PT faz acordo com Tarcísio e vai apoiar o PL de Bolsonaro para presidência da ALESP

Partido vai apoiar André do Prado à presidência para se manter na 1ª Secretaria da ALESP.

terça-feira 31 de janeiro de 2023 | Edição do dia

Imagem: Agência Pública

Segundo o Estadão, Kassab (PSD), que é o responsável pela articulação política do novo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), propôs que a mesa diretora da ALESP seja composta a partir da representatividade dos partidos. Por esse critério, o PL, que tem a maior bancada, fica com a presidência; o PT, com a 1ª Secretaria; e o PSDB, com a 2ª.

Para se manter na primeira secretaria o PT estaria disposto a apoiar André do Prado, do PL, à presidência da ALESP e já está discutindo se vão indicar Enio Tatto ou Teonilio Barba para a 1ª secretaria. André do Prado é o nome indicado por Valdemar da Costa Neto, reconhecido e condenado por escândalos de corrupção e seria um nome que teria unificado os próprios bolsonaristas dentro do PL, e que com apoio do PSDB e da federação PT e PCdoB somaria exatamente 48 votos, o necessário para eleição.

Kassab também teria acenado com emendas aos deputados do PT para diminuir qualquer oposição ao governo de Tarcísio. Ou seja, Kassab é o responsável pelo toma lá da cá da política do bolsonarista Tarcísio com aprovação do PT.

Esse é mais um exemplo de como a conciliação de classes, que é a estratégia que o PT sempre adotou e tem seu grau máximo na frente ampla que elegeu o governo Lula-Alckmin, está longe de enfrentar a extrema direita, acaba abrindo espaço e fortalecendo o bolsonarismo. E é o mesmo caminho que vem sendo traçado com o apoio do PT aos bolsonaristas Lira e Pacheco na Câmara e Senado, esses que foram responsáveis por articular ataques durante o governo Bolsonaro.

A Alesp também é a instituição estadual responsável por ataques e reformas nefastas à vida dos trabalhadores, como foi a reforma da previdência estadual aprovada no início de 2020. Além de recentes ataques aos professores e à educação. É nesse espaço que o PT, que já tinha votado favorável pelo aumento de salário de Tarcísio, está se aliando com o bolsonarismo, mostrando que está longe de fazer uma real oposição à extrema direita e que rifa nossos direitos quando é necessário aos seus interesses políticos.

Tudo em nome de um verdadeiro toma lá da cá na política, mostrando o que significa as instituições burguesas que contam com uma série de medidas, acordos e conchavos para atender aos interesses dos grandes capitalistas escondidos sobre a cara de democracia.

É preciso desde já organizar a força dos trabalhadores para colocá-las em movimento e preparar os futuros embates e ataques que virão. Um deles já é o plano de privatização da Sabesp, prometido por Tarcísio, o que vai aprofundar a precarização e o acesso da população à água e saneamento básico.

Precisamos enfrentar na luta esse ataque, com as centrais sindicais como a CUT e CTB rompendo com a paz que dão aos governos, e organizando os trabalhadores em cada local de trabalho e estudo, independentes do governo Lula-Alckmin, e com um plano de luta que unifique os trabalhadores e possa enfrentar a privatização e exigir a revogação das reformas e ataques que atingem a nossa classe e a população mais pobre.




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