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Cortes na saúde | Para manter 19,4 bilhões para o orçamento secreto, Bolsonaro corta 60% das verbas da saúde

Após os cortes bilionários na educação, Bolsonaro agora se volta contra a saúde e o governo federal, por não vetar dispositivo que reserva 19,4 bilhões para o orçamento secreto (as tais emendas de relator), corta de forma linear 60% dos recursos destinados ao SUS para 2023, de acordo com o Estadão. Isso significa avançar em uma política de morte contra a população trabalhadora e mais pobre.

terça-feira 11 de outubro de 2022 | Edição do dia

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Bolsonaro não vetou um dispositivo na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2023, este dispositivo obriga a reserva de 19,4 bilhões para as emendas do orçamento secreto, dinheiro público que Bolsonaro pode distribuir para seus apoiadores em redutos eleitorais pelo país. Se não for revertido serão 3,3 bilhões cortados da saúde no ano que vem.

Em nome deste orçamento secreto programas de residência médica, o programa Farmácia Popular, o programa Médicos pelo Brasil, a Secretaria Especial de Saúde Indígena, de Atenção às Populações Ribeirinhas e de Áreas Remotas da Amazônia, as verbas para equipar e reformar hospitais e o programa de Atendimento à população para a Prevenção, Controle e Tratamento do HIV/AIDS que foi o mais afetado, entre outros, não existirão mais levando a morte de milhares de pessoas.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias será votada em dezembro, e se não for revertido este dispositivo do orçamento secreto, a saúde estará condenada em 2023. Imagine quantas pessoas que não terão o direito ao atendimento e irão morrer em todo o país! Essa será, depois da gestão da morte durante a pandemia, mais uma política genocida, e, ao que tudo indica, cairá no colo do governo Lula/Alckmin que tem se proposto a administrar esse regime degradado.

É preciso que nos inspiremos na luta das enfermeiras pelo seu piso nacional, unificando com os estudantes que recentemente se manifestaram em Brasília contra os cortes bilionários na educação que impedem o funcionamento de Institutos Federais e Universidades Federais, mas também unificar com todas as categorias de trabalhadores para tomar as ruas e exigir que as grandes centrais sindicais como a CUT dirigida pelo PT e a CTB dirigida pelo PCdoB, saiam da paralisia eleitoral (que mantém o pacto de Lula com a burguesia para administrar o regime) e organizem grandes atos de rua, paralisações que levem a uma greve geral para que esses cortes sejam revertidos imediatamente, bem como todas as reformas a começar pela trabalhista. Bolsonaro e a extrema direita só serão derrotados de fato nas ruas, com trabalhadores e trabalhadoras organizadas em torno de uma direção e um programa para que sejam os capitalistas que paguem pela crise. Não dá para esperar janeiro independente de quem seja o próximo presidente.




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