Nessa quarta, 16, estudantes e trabalhadores terceirizados da Unicamp paralisaram as atividades do bandejão de Limeira, local onde as trabalhadoras terceirizadas vem sofrendo com profunda precarização do trabalho, assédio, ameaças de demissão, e onde uma trabalhadora, Cleide Aparecida Lopes, teve um mal súbito e faleceu no trabalho em setembro, escancarando que a terceirização humilha, divide e mata, e que tem rosto de mulher. A paralisação também é por Cleide e por todos que são vítimas da precarização!
quarta-feira 16 de novembro de 2022 | Edição do dia
O bandejão da Unicamp Limeira foi paralisado hoje pelos estudantes e trabalhadores terceirizados que reivindicam melhores condições de trabalho e se colocam contra a precarização e terceirização que veio avançando nos últimos meses graças ao papel da reitoria de Tom Zé.
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Mas além de reivindicar a manutenção dos direitos, o fim dos assédios, a paralisação também lembra que foi no mesmo restaurante universitário de Limeira que uma trabalhadora, Cleide Aparecida Lopes, veio a falecer enquanto trabalhava. Cleide foi vítima de um cenário de precarização do trabalho, assédio moral e humilhação que a reitoria e a empresa estão de mãos dadas para promover na Unicamp.
Enquanto isso vimos a reitoria de Tom Zé e a empresa se isentando de qualquer responsabilidade pela vida dessas mulheres, que são em sua maioria negras, e que sofrem com exploração do trabalho, sendo terceirizadas para terem menos salários e direitos, em nome dos lucros das empresas. A terceirização do trabalho tem rosto de mulher, negra, nordestina, mostrando como se utilizam da opressão de gênero e racial para melhor explorar o trabalho dessas mulheres que mesmo com sindicato patronal estão hoje a frente de paralisar as atividades e reivindicar seus direitos.
É preciso lutar pelo fim da terceirização e para que todas sejam efetivadas sem necessidade de concurso. No dia de hoje também se ouve: Cleide Presente!