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UFRGS | Todes à plenária, pelo pagamento das bolsas e contra os bloqueios de bolsonaro

Bolsonaro e sua política reacionária não estão derrotados, mas sim ativos e atacando a educação pública. Na semana passada, Bolsonaro bloqueou 1,68 bilhões da educação, impactando num corte de 244 milhões para universidades e 122 milhões para institutos federais, com o MEC anunciando que não haverá como pagar as bolsas de residentes, mais de 200 mil que ficarão sem renda no fim do ano. A UFRGS, Unipampa, UFCSPA, UFPel, FURG, IFRS, IFSul, IF Farroupilha UFSM anunciam que há o risco real dos bloqueios afetarem a folha de pagamento dos funcionários, e algumas dessas instituições alegam que não há verba para pagar bolsas, água, luz e o salário dos terceirizados. Os estudantes da UFPEL e UNIPAMPA dão exemplo de luta, ocupando e paralisando contra os cortes. É urgente levantar uma forte mobilização nacional contra os bloqueios e pelo pagamento das bolsas. Por isso chamamos todes a participar da plenária geral na UFRGS que irá ocorrer amanhã, quinta-feira, as 19h em frente à FACED.

quarta-feira 7 de dezembro de 2022 | Edição do dia

Esses consecutivos cortes à educação são consequência do pagamento da fraudulenta dívida pública e do teto de gastos, que estrangula o orçamento para saúde e educação. Esses cortes são sentidos de forma drástica por todo o país. Já em 2021, o Conselho de Curadores da UFRGS afirmou que se os cortes seguissem, as demandas básicas obrigatórias seriam afetadas. E nós sabemos quais demandas são essas: as demandas dos cotistas, bolsistas, residentes e terceirizados. Na UFRGS, assim como em outras universidades federais, vemos as consequências de 8 anos de cortes na educação, com demissão de terceirizados, precarização dos RUs, indeferimento de cotistas, precarização dos auxílios. Sequer sabemos para onde vai o dinheiro, porque a reitoria interventora, junto do CONSUN, mantém as contas escondidas da comunidade, para que possam cortar onde bem entendem, sem nenhum questionamento, enquanto beneficiam parcerias privadas na universidade e mantêm seus salários acumulados.

É preciso organizar uma forte mobilização desde as bases, com assembleias em cada local de estudo, para lutar pela imediata revogação desses bloqueios e cortes, e por mais verba para a educação em base ao não pagamento da dívida pública e revogação integral do teto de gastos. Depois de cobrança dos estudantes, o DCE da UFRGS, dirigido pela UJC, chamou uma plenária para essa quinta-feira, 8, às 19h, na FACED, mas demorou mais de uma semana para se pronunciar sobre a situação dos bloqueios na universidade, o que expressa sua adaptação à política de passividade levada à frente pela UNE, que não chamou nenhuma mobilização e ainda comemorou como uma “vitória dos estudantes” um recuo momentâneo nos cortes, que depois voltou maior ainda. Essa política se deve ao fato de que o PT e PCdoB, partidos majoritários da UNE, nesse momento estão mais preocupados com seus cargos no governo de transição ao lado de Alckmin e dos articuladores da reforma do ensino médio do que com os brutais cortes na educação, caminho esse que o PSOL e UP trilham, ao integrarem um governo de transição ao lado daqueles que nos atacam.

Somente com a unidade de estudantes e trabalhadores será possível enfrentar os cortes, as reformas e o bolsonarismo. Por isso, desde já chamamos o DCE da ufrgs e demais CAs a impulsionarem forte exigência à UNE para que convoque a luta dos estudantes pela base para barrar os cortes, bem como pela construção de um dia nacional de luta e mobilização contra a extrema-direita, os cortes e as reformas.

Todos à plenária da UFRGS dia 8/12, às 19h, na FACED.




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