Ontem, Bolsonaro esteve em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço e em Belo Horizonte, viagens que tem como pano de fundo buscar reconstituir a reacionária aliança com Romeu Zema no Estado, tendo como aliado de ambos a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
Flavia ValleProfessora, Minas Gerais
sexta-feira 27 de maio de 2022 | Edição do dia
Bolsonaro veio para BH reconduzir o patrão Flávio Roscoe ao segundo mandato como presidente da Fiemg. Um encontro bizarro em que o empresariado mineiro glorifica Zema e que serve para articular um possível palanque com Bolsonaro. Enquanto Zema e as grandes mineradoras dão passos para destruição da Serra do Curral. Querem repetir essa aliança que significou mais exploração, fome, precarização do trabalho, destruição ambiental e desemprego para a maioria da população em Minas e no Brasil. Uma aliança que agrada os patrões, as mineradoras e o agronegócio que seguem batendo recordes de lucros.
Na mesma semana em que a Polícia Federal de Sergipe reproduziu métodos fascistas, assassinando em uma câmara de gás improvisada um trabalhador negro em SE e que a população do Rio de Janeiro sofre com mais uma chacina da polícia, Bolsonaro discursa em Belo Horizonte a favor dos grandes empresários, contra a ideologia de gênero, o comunismo e o MST.
Precisamos derrotar o Bolsonaro, Zema e os patrões da FIEMG com a força da nossa mobilização nas ruas. A população de Sergipe mostrou o caminho na luta contra a violência policial e contra esses governos podres como de Zema e Bolsonaro. Pois é nas ruas e confiando na força da mobilização que poderemos derrotar essa extrema direita e o bolsonarismo, e não com alianças com a direita como o PT e Lula fazem em Minas com Kalil e o Centrão, responsáveis por muitos ataques como as Reformas e a retirada de direitos. Nossos sindicatos e as centrais sindicais precisam romper sua agenda eleitoral e convocar urgentemente atos por Justiça por Genivaldo, mostrando nossa força organizada nas ruas e desde nossos locais de trabalho!
