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Eleições 2022 | Prestação de contas do TSE revela o peso do financiamento da direita pelos empresários

Os dados de prestação de contas do TSE apontam doações de empresários e revelam o peso dos valores destinados em sua maioria para partidos da direita. Só para o partido de Bolsonaro (PL) foram 7,9 milhões que partiram de 5 pessoas físicas localizadas no Top 10 do Ranking. O financiamento eleitoral de empresários demonstra qual a função que esperam e obtém do estado: o aumento de seus lucros em contrapartida da exploração brutal da classe trabalhadora.

terça-feira 25 de outubro de 2022 | Edição do dia
Imagem: Ilustração/Contilnet.

A predominância de doações para os partidos de direita são ilustrativas de quais os interesses mais profundos do empresariado, que sugam a força de trabalho da população e tem interesses diretos com a manutenção de todos os ataques, como a reforma trabalhista e da previdência. Rubens Ometto, presidente do Conselho de Administração da Cosan e diretamente ligado ao agronegócio, lidera a lista com doações de 8,9 milhões para 13 partidos distintos, somando 3,4 milhões apenas para o Republicanos.

Com exclusividade para a campanha do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), foram 6,8 milhões de 4 figuras: Alexandre Grendene e Pedro Grendene, da marca calçadista representada pelo sobrenome dos dois, Salim Mattar da Localiza e Fabiano Campos Zettel, advogado e pastor. O agronegócio segue sendo um dos maiores apoiadores da campanha de Bolsonaro, como denunciamos aqui, compactuando com a linha dos ataques, com a manutenção do trabalho análogo à escravidão no campo e com o aumento dos índices da fome.

O PT também ocupa o ranking e conta com 3,7 milhões dos 10 doadores listados. Ainda que não tenham recebido doações exclusivas para a chapa Lula-Alckmin, os dados revelam qual o preço da conciliação com os patrões e com a direita que só se acentua no percurso do segundo turno. Os resultados do primeiro turno mostraram que este caminho só pode fortalecer a extrema direita, com a consolidação de grande quantidade de parlamentares do segmento.

É por esta razão que a posição de independência de classe aparece como único caminho para acabar com a extrema direita que desfere golpes sistemáticos e permanentes contra a classe trabalhadora, o povo pobre, que é racista, misógina e lgbtfóbica. Os limites da democracia burguesa se expressam na maneira que são conduzidos os processos eleitorais, diretamente influenciados pelo capitalismo financeiro que escolhe onde investir para que nos marcos do estado, possa aprofundar seus ataques.

Que as centrais sindicais da CUT (PT) e CTB (PCdoB), junto com a UNE (PT e PCdoB), organizem todo o descontentamento da classe trabalhadora e do povo pobre contra a burguesia e seus lucros, contra todos os ataques materializados no estado através das reformas trabalhista e da previdência, não confiando na direita e nos patrões, como fizeram setores da esquerda ao assinar a Carta pela Democracia, junto com a FIESP e a Febraban. É preciso investir no levante dos estudantes contra os cortes e confiscos na educação, unindo-se à luta das enfermeiras que reivindicam seu piso salarial, compreendendo que somos de uma só classe, portanto necessitamos de uma só luta! Para que todo político ganhe como uma professora e possa ter o salário revogado a qualquer momento, construamos paralisações a partir da auto-organização em cada lugar de trabalho e estudo para derrotar Bolsonaro e a asquerosa extrema direita!




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