×

Denúncia | Professores gaúchos denunciam cortes nos atendimentos pelo IPE Saúde e aumento do desconto no salário

O Esquerda Diário recebeu denúncias de que o governo do estado do RS não está repassando o valor do Instituto de Previdência do Estado para hospitais e clínicas, muitos que são inclusive sustentados com a contribuição de todos os professores e servidores gaúchos. Uma professora relatou buscar agendamento nos hospitais Mãe de Deus, Moinhos de Vento e outros 20 lugares: todos foram descredenciados do IPE.

terça-feira 28 de junho de 2022 | Edição do dia

Aprofundam-se as consequências dos ataques neoliberais contra o funcionalismo público no estado do Rio Grande do Sul, enquanto o governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), herdeiro do cargo de Eduardo Leite, segue com a sangria para arcar com as exigências do Regime de Recuperação Fiscal acordado com Bolsonaro e os capitalistas. O Esquerda Diário recebeu denúncias de que o governo do RS não está repassando o valor do Instituto de Previdência do Estado (IPE) para hospitais e clínicas, muitos que são inclusive sustentados com a contribuição de todos os professores e demais servidores públicos gaúchos. Uma professora relatou buscar agendamento nos hospitais Mãe de Deus, Moinhos de Vento e outros 20 lugares: todos foram descredenciados do IPE.

O CPERS-sindicato, dirigido pelo PT e PcdoB, apenas simula uma luta contra o "desmonte do IPE", enquanto vários lugares já estão descredenciados. Segundo o jornal Correio do Povo, quase um milhão de usuários no RS podem ter os atendimentos nas unidades hospitalares suspensos. Começa a se instalar uma situação desesperadora no estado em várias famílias de trabalhadoras e trabalhadores do serviço público gaúcho que necessitam de atendimento de saúde. Tomamos conhecimento também de uma professora que está tratando um câncer de mama e não consegue agendamento com mastologia através do instituto: vai ter que fazer em clínica particular um tratamento caro e está desesperada.

Denúncia | Enquanto funcionárias terceirizadas reivindicam seus salários Leite recebe pensão de 39 mil

Como relatam os professores, Isso tudo é ainda mais absurdo diante do fato de que o desconto do IPE nos salários aumentou agora no último reajuste, ou seja, os professores estão pagando mais e têm o acesso ao atendimento cortado.

O CPERS está com um calendário sindical cheio, mas na prática a mobilização na base não existe, enquanto a categoria se afoga em uma crise enorme. As funcionárias das escolas seguem sem receber nada dos 6% de reposição concedidos aos professores. É preciso lembrar que a defasagem salarial devido ao congelamento dos salários desde 2015 é de 58%.

É preciso que os e as professoras e funcionárias de escola se auto organizem em cada escola para exigir da direção do CPERS um plano de luta contundente contra a privatização da educação e do IPE-saúde.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias