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GREVE DA EDUCAÇÃO DE MG | Qual comando de greve é necessário para fortalecer a greve e vencer Pimentel

A greve da educação estadual ultrapassa seus primeiros 10 dias e o governo petista segue intransigente ao não atender as demandas dos professores. Como podemos nos organizar pra vencer e conquistar nossas exigências?

segunda-feira 19 de março de 2018 | Edição do dia

O governo de Pimentel alega a crise e o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal e usa assim os mesmos mecanismos da direita, do PSDB e dos golpistas para descarregar a crise nas costas dos trabalhadores. A greve é forte mas ainda tem muita escola que pode entrar em greve. E para fortalecer é imprescindível que os professores e os trabalhadores da educação tomem os rumos da greve em suas mãos. E para isso precisamos de comandos de greve fortes. Apenas dessa maneira nossa greve não será usada como massa de manobra dos interesses eleitorais do PT ou da direita tucana.

1. FORTALECER OS COMANDOS DE GREVE PARA QUE OS RUMOS DA GREVE ESTEJAM EM NOSSAS MÃOS

Para termos mais garantias de que vamos sair ganhando precisamos de fato decidir os rumos da greve. Para isso, é fundamental ampliar os comandos regionais ou construir comandos de greve nas regiões em que as sub-sedes ainda não o fizeram. Sabemos que numa greve o ativismo e a militância envolvem trabalhadores que não estão nos cargos tradicionais de nosso sindicato (como as diretorias e o conselho geral). E esse é o momento dar potência a essa força nova da greve para o único objetivo de sermos vitoriosos. E os comandos de greve têm que aglutinar e potencializar todas essas forças.

Vemos, porém, que nos comandos que já existem eles acabam ficando restritos entre os antigos diretores sindicais e as correntes políticas com seus militantes já organizados. E servindo, quando muito, para passar nas escolas que ainda não aderiram à greve. O trabalho de passar nas escolas é muito importante, porém o comando não pode se restringir a isso. O comando deve ser a cabeça pensante da greve a partir da força de cada professor que está na linha de frente da construção da greve.

Por isso que defendemos pelo Nossa Classe Educação que nas passagens nas escolas convidemos os professores a se somarem na greve e no comando, e que tirem delegados escolhidos entre os professores para comporem as reuniões do comando de greve. Os delegados podem ser revogáveis pelos professores entre uma reunião e outra se necessário para melhor expressar a atividade da greve e os rumos do movimento. Essa é a melhor maneira do comando pulsar a greve e as dificuldades e criatividade dos trabalhadores que surgir a partir da realidade local de cada escola. Avançando em fortalecer o comando pela base e para que seja uma cabeça pensante da greve damos passos para uma verdadeira coordenação entre uma assembleia e outra de nossa categoria para fazer a greve vencer.

2. COORDENAR A GREVE PELA BASE COM TODO SUPORTE DE NOSSO SINDICATO PARA VENCER

A mais ampla democracia nesse momento é o que vai garantir nossa vitória. Todos os passos da greve devem ser debatidos nesses comandos de greve, com os professores sendo os verdadeiros dirigentes dessa luta. E que esses comandos tenham uma coordenação entre si para tomar os rumos da greve em nossas mãos.

Todos os espaços sindicais deveriam estar a serviço dessa organização da greve pela base. Também é preciso eleger desde a greve uma comissão de professores para estar em qualquer possível negociação junto ao sindicato. Não podemos aceitar a menor possibilidade de nossa greve ser usada como massa de manobra eleitoral por nenhum partido do regime. E todos sabemos que a CUT também é dirigida pelo PT de Pimentel, que vem mostrando sucessivamente que está do lado dos empresários e para isso não hesita em atacar os direitos dos trabalhadores e perdoar o golpistas como fez Lula. Nossa confiança tem que ser em nós e em nossos colegas que estão dia a dia conosco enfrentando a rotina dura das escolas.

3. É HORA DE EXPRESSAR UMA GRANDE UNIÃO PARA FORTALECER A GREVE

O SINDUTE-MG é filiado à CUT e se realmente quer fortalecer a greve precisa urgentemente fazer uma exigência a que os demais sindicatos do funcionalismo estadual tenham um plano de lutas imediato para sermos uma só força contra os ataques dos governos.

Isso porque sabemos que os ataques vêm de todas as esferas e de todos os governos, como a privatização de recursos naturais por Pimentel e pelos golpistas, os ataques às UMEIs pelas mãos do Kalil, a intensa precarização do sistema de saúde e o desmonte do Sofia Feldman por todos os governos, o avanço da terceirização. Por isso chamamos a CSP Conlutas, a Intersindical e todos os partidos de esquerda e seus parlamentares a colocarem de pé uma forte campanha de solidariedade à nossa greve, chamando inclusive seus eleitores e a população a somar forças em nossas assembleias, atos e manifestações.

E que as grandes centrais como a CUT e a CTB, que diziam que iam parar o país contra qualquer Reforma da Previdência, agora coloquem toda sua força em um apoio ativo em todas as categorias que estão na direção sindical, mostrando para Pimentel que não estamos sozinhos e que vamos derrotá-lo. Se vencermos, vamos mostrar o caminho pra todos trabalhadores de como barrar as reformas e a continuidade do golpe institucional. Apenas assim conseguiremos mostrar que a partir da luta de classes é possível erguer uma terceira voz, dos trabalhadores e independente do PT, que imponha uma derrota aos ataques de Pimentel e de toda a direita golpista.




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