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Extrema-direita | Rechaçar com luta a corja que está nos quartéis pedindo intervenção militar, diz Val Muller

Os atos que pedem por intervenção militar nesse 2 de Novembro são orquestradas pelas patronais bolsonaristas que tem como objetivo destruir a vida da classe trabalhadora e do povo pobre, negro, mulheres, LGBTQIA+ e povos indígenas. A trabalhadora e estudante da UFRGS, Val Müller, declara seu rechaço frontal a toda e qualquer manifestação pró intervenção militar e chama para o único caminho possível: derrotar essa corja com a luta dos trabalhadores junto com estudantes e povos oprimidos!

quarta-feira 2 de novembro de 2022 | 18:42

Imagem: MARCELO PEREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Nesta dia 2 de Novembro, manifestantes bolsonaristas ocupam as ruas em frente aos quartéis militares pedindo por intervenção militar, um absurdo sem tamanho que mostra a cara mais podre do bolsonarismo e dessa extrema direita que se fortaleceu sistematicamente nos últimos anos. No Rio de Janeiro, reúnem-se em frente ao Palácio Duque de Caxias, onde se encontram as bases das Forças Armadas do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Os manifestantes golpistas recebem apoio dos setores que atacam brutalmente as condições de vida dos trabalhadores e povo pobre no país: agronegócio e seus latifundiários, transportadoras e empresários que promovem locautes, obrigando os trabalhadores a paralisarem suas tarefas, que carregam a tradição do trabalho precarizado nas cidades e do trabalho semi-escravo no campo.

Os pedidos endereçados às Forças Armadas não são uma surpresa, já que seu fortalecimento nos últimos anos foi um fator de peso na política do país, passando de 3 mil em 2017 para 8 mil em 2022; estando profundamente alinhados com o bolsonarismo que alçou vôo após o golpe institucional de 2016, depois de um período de banho-maria desde a Constituição de 1988, em que tiveram seus torturadores e assassinos anistiados e estiveram presentes na condução pacífica da redemocratização. Figuras sempre retomadas e admiradas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). A participação atual das Forças Armadas na ingerência das eleições com a fiscalização das urnas, mostra a face dos interesses políticos desse setor que segue respaldado por frentes burguesas que compartilham objetivos, mantendo uma participação militar de maior quantidade desde a ditadura. O respaldo dado pelo TSE demonstra a sujeição à uma das forças de sustentação do bolsonarismo que se consolida cada vez mais no cenário político.

Veja mais: As raízes do bolsonarismo

Para enfrentar a força bolsonarista que pede por intervenção militar, só a luta dos trabalhadores organizados junto com os estudantes e povos oprimidos pode ser o caminho! As centrais sindicais da CUT e CTB, junto com a UNE, dirigidas pelo PT e PCdoB, precisam convocar a massa de trabalhadores para derrotar o bolsonarismo nas ruas, com assembleias de base em cada local de trabalho e estudo, exigindo a revogação de todas as reformas. Sem confiar na PRF racista que declarou apoio aos atos, bloqueou transportes de votantes principalmente no Nordeste, que assassinou Genivaldo em uma câmara de gás improvisada. Tampouco confiar no STF que permitiu a tutela militar das urnas e esteve junto com os setores que conduziram o golpe institucional de 2016. Os trabalhadores estaleiros da BrasFelds em Angra dos Reis, os moradores de São Mateus/ES e as torcidas organizadas, mostram o caminho para enfrentar a extrema direita nojenta e todos os seus apoiadores da burguesia, não a aliança com a direita expressa em Lula junto com Alckmin, junto com a FIESP e a Febraban, ferrenhas defensoras da reforma trabalhista e da previdência, que só fortalece a extrema direita.

Veja aqui a declaração de Valéria Müller, trabalhadora e estudante da UFRGS, militante do MRT e fundadora do Grupo de Mulheres Pão e Rosas no RS:

Abaixo os pedidos de intervenção militar! Derrotar o bolsonarismo nas ruas com nossos métodos de luta! Pois só a classe trabalhadora unificada pode dar um golpe de mestre no bolsonarismo e toda sua corja!




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