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Autoritarismo judicial | STF suspende novo piso salarial para enfermagem, estando junto a Bolsonaro nos ataques

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso suspendeu hoje a lei que criou o piso nacional de enfermagem. Barroso disse que "é preciso atentar, neste momento, aos eventuais impactos negativos da adoção dos pisos salariais impugnados", demonstrando que, mesmo com as disputas com Bolsonaro, o STF está unificado com ele em atacar os trabalhadores, escancaradamente atacando quem esteve na linha de frente do combate à pandemia que já levou consigo centenas de milhares de mortes.

segunda-feira 5 de setembro de 2022 | Edição do dia

Foto: Reprodução/YouTube

Atendendo a pedidos de entidades do setor, Barroso neste domingo (04), suspendeu a lei que criou o piso salarial nacional de enfermagem. Demagogicamente diz se preocupar com o risco de demissões em massa e de sobrecarga na rede, mas sabemos que essa é mais uma das medidas que só ataca a nossa classe e fortalece os grandes empresários.

Setor que foi linha de frente da pandemia, que sofreu com as sobrecargas de trabalho, com a falta de EPI’s durante a pandemia. Agora é colocado a preocupação com a sobrecarga dessas trabalhadoras, mas sabemos que na verdade é mais uma das formas de manter os supersalários e lucros dos empresários da saúde.

Para que não haja sobrecarga de trabalho, precisamos lutar pela divisão das horas de trabalho entre empregados e desempregados, diminuindo para 30 horas semanais sem redução salarial. Uma medida que permite que lutemos também pela revogação total das reformas e ataques, como a trabalhista e o teto dos gastos.

O STF, que supostamente se coloca "em defesa da democracia", foi articulador do golpe institucional de 2016, da prisão arbitraria de Lula em 2018, assim como o conjunto do Judiciário, como com o sequestro de milhões de votos pela biometria do TSE em 2018.

Enquanto isso, seus salários passam de 46 mil reais. Basta de privilégios. É preciso defender que os juízes sejam eleitos pelo povo, revogáveis a qualquer momento e recebam o mesmo salário de uma professora, abolindo suas verbas auxiliares (como o grotesco auxílio-moradia). Para acabar com a farra de empresários e políticos corruptos, que atinge todos os partidos dominantes, todos os julgamentos por corrupção devem ser realizados por júris populares, abolindo os tribunais superiores.

Este programa de ataque aos privilégios do regime e da oligarquia de juízes deve estar ligado com pontos que enfrentem a crise econômica gerada pelos empresários: é necessário impor o não pagamento da dívida pública e a nacionalização dos bancos, do comércio exterior e dos recursos estratégicos da economia sob controle dos trabalhadores, para combater seriamente a queda do salário, o aumento da pobreza e desemprego de 14 milhões de trabalhadores no país

É preciso enfrentar Bolsonaro na luta de classes, para revogar todas as reformas, assim como batalhar pelo piso das enfermeiras e enfermeiros, pelo fim dos privilégios do Judiciário, que deveriam ganhar o mesmo que uma professora e serem eleitos e revogáveis, pois é um poder que goza de regalias e que é eleito por ninguém, de forma independente da conciliação de classes de Lula e do PT, que se aliam com Alckmin e a direita, se comprometendo com a manutenção dos ataques.




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