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EDUCAÇÃO E CULTURA | Sou estudante de baque de luta, sou Maracatosinho

sábado 29 de outubro de 2016 | Edição do dia

Nessa quinta-feira (27) se realizou a palestra sobre a (anti) Reforma do ensino médio da 10ª Semana de Educação da Faculdade de Educação da Unicamp: Educar e Enegrecer, com Professora MS. Andressa Rodrigues e Professor Dr. Demerval Saviani no Salão Nobre, com abertura para a apresentação do grupo de Maracatu, Maracatosinho, da escola José Maria Matosinho, e o auxilio do grupo Maracatucá, de Barão Geraldo.

Para alguns que não conhecem, maracatu é uma manifestação da cultura popular brasileira, afrodescendente, que surgiu durante o período escravocrata, principalmente no estado de Pernambuco, e que hoje se manifesta em todo o país através de grupos que resolveram manter acesa essa cultura que é tão apagada da história.

A partir disto, surge um projeto de maracatu na escola Jóse Maria Matosinho, impulsionado pela Professora Mirela Garcia, que com muita batalha, após um ano, consegue a aprovação do financiamento pelo Programa Mais Educação. E assim, depois de uma apresentação do que seria o projeto, começam os ensaios com os alunos uma vez por semana, sexta-feira, às 13:00 horas, na praça da escola.

O grupo, que recentemente já havia participado da festa do Padroeiro que acontece todos os anos na praça José Octaviano, no bairro do São Bernardo, em Campinas, e que integrará ao som dos instrumentos uma sequencia de gritos "Fora Temer", desta vez, gritava "Maracatosinho por educação", visando os tempos difíceis pelo qual a educação se encontra, completamente sobre ameça.

Os cortes estão quentes

Os ataques que vinham desde o governo do PT, com um corte na programação orçamentária da educação de R$ 21,2 bilhões em 2016, veem sendo aprofundados principalmente após o golpe. O governo de Temer que segue implementando diversos cortes e ajustes orçamentais, no qual afetam justamente a classe trabalhadora e seus filhos, estudantes das escolas e universidades públicas, ganham apoio dos golpistas através de banquetes luxuosos, exemplo desses são: a Reforma Do Ensino Médio, que causa diversas alterações na estrutura da última etapa da educação básica, e a PEC 241 (atual PEC 55 do Senado), que congela investimentos por 20 anos na Educação e Saúde publicas.

Além disso, o MEC que já havia anuncia a reformulação do Programa Mais Educação, no começo do ano, diminui seu alcance para 26 mil escolas, reduzindo em 57 % o número de escolas alcançadas no ano de 2014, e cortando novamente do orçamento. Outras medidas como O Escola Sem Partido, conhecido como Lei da Mordaça por nós estudantes, hoje trabalham juntos para tornar os estudantes de escolas publicas acríticos, deficientes de conhecimento básico e mão de obra barata para as empresas, e escolas precárias, quase sem merenda, sem material e sem estrutura física e sem um sistema de educação que agregue as verdadeiras necessidades dos estudantes, onde se desenvolva interesse, qualidade e programas sociais para um melhor aprendizado.

Enquanto isso, os juízes mais caros do mundo, que os gastos representam 1,3% do PIB nacional, que inclusive apoiam a PEC 241, permanecem com suas regalias e super salários, e trabalhando constantemente com a mídia golpista para ganhar cada vez mais força para o judiciário por meio de operações como a Lava Jato, onde Moro é "herói", que as vezes sorteia alguns dados para o palanque, mas que não irá de fato empenhar-se para limpar o pais da corrupção, visto que a lista da Odebrecht é tão longa, e as prisões tão especificas. Fora, demais políticos que continuam com seus salários e auxílios exorbitantes, e cargos de cabide numerosos.

Assim, não é ato que não só o grupo Maracatosinho de estudantes, mas todas as milhares de escolas e faculdades ocupadas em todo o pais, constantemente estão lutando e gritando por educação, resistindo e permanecendo frente as opressões e afrontas que sofrem de um Estado que pouco se importa com o futuro dos milhares estudantes e trabalhadores brasileiros.

Para superarmos os ataques, vamos ter que lutar todos unidos contra essas medidas, façamos manifestações, greves e ocupações por todo o pais, lado a lado com os trabalhadores e, se livrando da paralisia dos sindicatos e entidades dirigidos pela CUT, CTB, UNE e UBES, que pouco fizeram para incendiar o país contra o golpe. Sejamos milhares de faíscas em combate aos ataques na educação e saúde, se a questão é corte, que miremos para o fim dos privilégios dos políticos.

Como diz uma das loas do Maracatosinho "Sou estudante de baque de luta/ Meu grito é forte/ Não estou sozinho".




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