×

Terceirização | Todes à assembleia de terceirizados da UFRN! Pelo pagamento imediato dos salários dos trabalhadores!

Chamamos todes para a assembleia dos terceirizados de amanhã (16/12), às 07:00 no Centro de Convivência da UFRN pelo pagamento imediato dos salários, sem confiança na empresa CriArt que segue com mensagens incertas sobre o dia do pagamento de trabalhadores, alguns com ameaça de despejo e sem dinheiro pra comida e gás. Tampouco confiando na reitoria que desconta a crise nas costas dos setores mais precarizados, inclusive em bolsistas do PET e PNAES que seguem sem receber e com refeição cortada no RU. É urgente unir estudantes e trabalhadores para somar forças contra todos os cortes do governo reacionário de Bolsonaro que ameaça o funcionamento das universidades, assim como na UFMG, UFRJ e Unicamp!

quinta-feira 15 de dezembro de 2022 | 22:19

É insustentável a situação na qual estão colocados os terceirizados da UFRN que até hoje continuam sem receber seus salários da empresa CriArt (que comporta trabalhadores da limpeza, motoristas e construção civil), alguns com ameaças de despejo e sem dinheiro para comprar o gás de cozinha, por exemplo! A posição da patronal segue iludindo os trabalhadores a cada dia, supondo o pagamento para o dia seguinte no intuito de desmobilizar a movimentação da categoria, além de coagir funcionários para não participarem das assembleias com ameaças de demissões. As contas seguem vazias e sem perspectiva de receberem por seu trabalho que já é extremamente precarizado na universidade, já que a terceirização por si é uma modalidade de emprego que, ao invés de pagar o salário integral de trabalhadores efetivos na universidade, confere a tarefa à uma empresa privada encarregada de manejar trabalhadores com direitos rebaixados, com jornadas de trabalho extenuantes e com ameaças constantes de demissão.

É o trabalho dos terceirizados que sustenta a universidade e defendemos que precisamos lutar para que sejam garantidos seus salários, assim como as bolsas de estudantes do PET e PNAES que estão sem dinheiro pra terminar o semestre, além de terem uma das refeições cortadas no restaurante universitário pela Reitoria, encarregada de descarregar toda a crise nos setores mais precarizados. Os cortes do governo Bolsonaro se somam ao longo de sua gestão e se aprofundaram em 2022, encerrando o ano com o golpe baixo do sumiço de 1,7 bilhões nas contas do MEC e de 5,7 bilhões no Orçamento Geral da União.

Embora uma parte dos bolsistas tenha conseguido receber após mobilizações nas universidades, é preciso garantir que todos recebam seus salários e bolsas, não deixando nenhum trabalhador e estudante para trás. Na UFMG, desde terça-feira os terceirizados cruzaram os braços pelo pagamento de seus salários; a UFRJ amanheceu hoje com uma paralisação de terceirizados, estudantes e professores do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais e do Instituto de História; na Unicamp a empresa Soluções junto com a Reitoria aproveitaram a diminuição do fluxo de estudantes no final do ano para demitir funcionários. Esses exemplos mostram o quanto os ataques que recaem sobre os terceirizados e bolsistas da UFRN não se separam do conjunto do país! Os relatos de trabalhadores e estudantes de cada universidade escancaram a dureza da vida concreta que bate na porta com a fome e ameaça de despejo, retrato da miséria que o capitalismo insiste em nos resguardar.

Por esta razão é urgente que a UNE, dirigida pelo PT e PCdoB, junto com a CUT e a CTB, dirigidas pelos mesmos partidos, convoquem assembleias nacionais em cada local de trabalho e estudo para que nenhum trabalhador e bolsista fique para trás, assim como fazem os estudantes da pós-graduação da UFPE e discentes da UFCG, que defendem a continuação das mobilizações. Nesse sentido, é fundamental que o DCE da UFRN siga o exemplo dos terceirizados e convoque uma assembleia geral para que os estudantes possam se auto-organizar contra os cortes de Bolsonaro, a CriArt e a Reitoria que ataca a permanência na universidade, pelo pagamento das bolsas e salários. Nossa luta tem que ser independente do governo eleito, que já disse que não pode fazer nada pelos bolsistas e terceirizados por todo país, afinal, é dentro do governo de transição que estão neoliberais fundadores da reforma do ensino médio e privatizadores da educação, como o Itaú-Unibanco e a Fundação Lemann, assim como Lula já disse que não irá revogar ataques como a reforma trabalhista.

Acreditamos que a efetivação dos terceirizados sem necessidade de concurso público é uma necessidade para que todos os trabalhadores tenham seus direitos garantidos sem a ameaça de demissão sempre à espreita que afeta uma maioria de pessoas negras pelo país, em especial as mulheres. Ao contrário do que se diz pela burguesia e toda a classe dominante, a terceirização não garante mais empregos, mas permite explorar ainda mais a força de trabalho de cada um em jornadas extenuantes, por isso a garantia de empregos deve vir pela repartição das horas de trabalho entre empregados e desempregados, com jornadas de 30 horas semanais, de 5 horas por dia. Defendemos também bolsas de um salário mínimo com reajuste de acordo com a inflação para que cada estudante possa viver a universidade e tudo que ela tem a oferecer!

Leia mais: Para garantir emprego, repartir as horas de trabalho e efetivar todos os terceirizados

Chamamos todes a se somarem à assembleia dos terceirizados amanhã (16/12) às 07:00 no centro de convivência, porque só a aliança operário-estudantil é capaz de arrancar nossas demandas que não estão separadas, que ao mesmo tempo que compartilham a precariedade cotidiana, carregam a força de lutar em unidade por uma vida livre da exploração e opressão! Já que somos de uma só classe, precisamos de uma só luta!




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias