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ATO DE PROFESSORES SP | Todes dia 30 na frente da SEDUC contra a absurda atribuição de aulas da rede estadual paulista

Está sendo convocado pela Apeoesp um ato para o dia 30 (segunda-feira) em frente à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEDUC) diante da humilhação que os professores, principalmente os de contrato precário (categoria O), foram submetidos no processo de atribuição de aulas para o ano letivo de 2023. Os relatos de professores com décadas de trabalho na rede sem aulas, com problemas para atribuir salas diante dos contratos cancelados ou mesmo com jornadas pífias fragmentadas em várias escolas escancaram a precarização que a categoria está submetida.

sábado 28 de janeiro de 2023 | Edição do dia

Essa situação se aprofundou absurdamente no último período com a Reforma do Ensino Médio, imposta pelo governo Temer e com a nefasta farsa da “nova carreira” imposta pelas garras privatistas tucanas. É urgente que a Apeoesp organize um verdadeiro plano de mobilização com comandos de base reais nas escolas a partir já desta primeira semana de retorno ao trabalho para que possamos construir uma forte assembleia que decida os rumos da mobilização e se enfrente com os ataques em curso e do novo governo, Tarcísio (Republicanos), defensor assíduo e convicto de Bolsonaro e toda sua corja.

Conforme mencionado acima, a situação caótica de atribuição de aulas deste ano está necessariamente imbricada com a Reforma do Ensino Médio e a farsa da “nova carreira”. A reacionária Reforma do Ensino Médio imposta em 2017 pelo golpista Temer veio para atacar as condições de trabalho dos professores e a formação dos estudantes pelo esvaziamento do currículo e consequente impregnação da lógica neoliberal.

O então governador João Doria junto ao seu secretário de educação Rossieli aceleraram a implementação desse ataque durante a pandemia e impuseram a farsa da “Nova Carreira” que aumenta absurdamente a precarização e controle sobre professores. O novo regime de trabalho - compulsório aos professores de contrato precário - dentre tantos ataques obriga os professores a cumprirem toda a jornada de trabalho nas escolas. Ou seja, as horas de trabalho livre para preparação e avaliação devem ser cumpridas nas escolas que tampouco possuem papel higiênico que dirá espaço adequado e com infra estrutura minimamente necessária para preparação de aulas. A nova carreira aprofunda de forma consciente a divisão categoria. Situação que ficou escancarada com o processo de atribuição de aulas deste ano. Como um basta a essa divisão que só favorece os governos é urgente a efetivação e sem concurso dos professores com contratos temporários. Nós do Nossa Classe Educação levantamos essa discussão dentro dos espaços sindicais e nos locais de trabalho. É urgente que a Apeoesp exija e coloque como pauta da nossa mobilização a efetivação sem concurso dos professores com contratos precários.

Mesmo com a derrota do reacionário Bolsonaro nas urnas, é fato que a extrema direita segue como força social e institucionalizada. Os ataques reacionários do dia 8 de janeiro e a figura asquerosa de Tarcísio e de seu secretário da educação privatizador, Renato Feder, são expressões concretas disso. Tarcísio e Renato Feder não pouparão esforços para atacar a educação.

Enquanto isso, Lula e o PT prometeram barrar a extrema direita se aliando com neoliberais e representantes do capital financeiro. A conciliação com golpistas e inimigos dos trabalhadores e dos setores oprimidos vai no caminho oposto da luta necessária contra os ataques de conjunto.

Veja também: Da Fundação Lemann ao Itaú, transição de Lula é com os articuladores da Reforma do Ensino Médio.

A Apeoesp, sindicato filiado à CUT e que tem a frente Bebel, deputada Estadual pelo PT, seguiu durante todo esse período de forma inofensiva. Em várias subsedes dirigidas pela majoritária do sindicato são anos sem reunião de representante escolar. Não à toa as assembleias e atos, quando convocados, não expressaram a força que poderiam ter. A Apeoesp não pode seguir em um pacto de paz com os governos e tampouco como um anexo parlamentar da Bebel. Fato inclusive que a última reunião das centrais sindicais em que Lula esteve presente buscou fortalecer e que também ficou vergonhosamente escancarado com o apoio do PT ao PL, partido de Bolsonaro, à presidência da Alesp. É necessário fortalecer os sindicatos, ferramenta política dos trabalhadores, de forma independente dos governos e dos patrões.

A revolta e consequente mobilização de professores frente a SEDUC diante do absurdo processo de atribuição de aulas mostrou que há disposição na categoria. É necessário que a direção majoritária da Apeoesp coloque de pé já comandos de bases reais nas escolas rumo à construção de uma forte assembleia da categoria que decida os rumos da mobilização frente aos ataques que buscam aprofundar a precarização da educação. Não será pela via da negociação em mesas junto àqueles que querem esmagar os trabalhadores e a juventude, tal como deseja Bebel e sua trupe que vamos barrar os ataques em curso. Tampouco será pela via de caluniar a oposição que se coloca em luta que se organizará a categoria. É com plano de lutas e com os métodos da classe trabalhadora que colocaremos um basta a precarização em curso. Dia 30 todes ao ato na frente da SEDUC na Praça da República!

PELO CANCELAMENTO IMEDIATO DO PROCESSO DE ATRIBUIÇÃO DE AULAS!

REVOGAÇÃO INTEGRAL DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO E DA FARSA DA NOVA CARREIRA!

EFETIVAÇÃO, SEM CONCURSO, DOS PROFESSORES TEMPORÁRIOS JÁ!




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