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Povos Indígenas | Todo apoio à Retomada Multiétnica Kaingang Xokleng em Porto Alegre

O Esquerda Diário e a juventude Faísca estiveram hoje presentes na Retomada Multiétnica Kaingang Xokleng, expressando nossa solidariedade e nos colocando à serviço da luta dos povos indígenas pela preservação do Morro Santana. Essa retomada se enfrenta com o reacionarismo de Melo e da especulação imobiliária, que querem destruir um verdadeiro patrimônio ambiental e arqueológico da cidade de Porto Alegre, para a construção de 11 torres residenciais.

domingo 30 de outubro de 2022 | Edição do dia

O Esquerda Diário e a juventude Faísca estiveram hoje presentes na Retomada Multiétnica Kaingang Xokleng, expressando nossa solidariedade e nos colocando à serviço da luta dos povos indígenas pela preservação do Morro Santana, um verdadeiro patrimônio ambiental e arqueológico da cidade de Porto Alegre, ameaçado pela sanha capitalista de Melo e da especulação imobiliária, que querem destruir o Morro Santana, um verdadeiro patrimônio ambiental e arqueológico da cidade de Porto Alegre, para a construção de 11 torres residenciais e um espaço de 865 vagas de estacionamento em uma área de importância ambiental e arqueológica, considerada sagrada pelas comunidades Kaingang, e a primeira a ser invadida e colonizada pelos portugueses na região que veio a ser Porto Alegre.

No ano passado, quando o nojento vereador Jessé Sangalli (Cidadania) propôs em TV aberta privatizar o Morro Santana para a implantação de empreendimentos turísticos no local, os moradores, junto a movimentos sociais que desenvolvem trabalho na região e pesquisadores da UFRGS, organizaram uma mobilização contrária ao projeto. Hoje, a retomada Kaingang Xokleng é um importante exemplo de organização e luta, mostrando o caminho para batalhar contra os ataques da extrema-direita e dos patrões.

Em 18 de outubro, indígenas dos povos Kaingang e Xokleng, junto com apoiadores, retomaram um terreno no Morro Santana, no bairro Jardim Ypu, em Porto Alegre (RS). Os Kaingang têm o Morro Santana como uma de suas terras sagradas, isso pelo fato de ali estarem sepultados seus antepassados e enterrados os cordões de muitos de seu povo.

O terreno ao pé da pedreira desativada do morro está sob o olhar ganancioso da especulação imobiliária, que recebeu autorização do prefeito bolsonarista Sebastião Melo (MDB) para a construção de um mega condomínio. A área que foi ocupada pelos indígenas estava sem uso há 40 anos. O local é um sítio arqueológico que data o período pré-colonial, mas também é onde Jerônimo de Ornellas se aproveitou dos conhecimentos dos povos originários e estabeleceu a primeira sesmaria portuguesa na região da atual capital gaúcha. Desde então, os indígenas tiveram seu direito ao território negado, mas bairros, ruas, rios, riachos e arroios ainda levam o idioma dos antigos moradores: Ypu, Ipanema, Nonoai, Itapuã, Jacareí (Dilúvio) e outros.

Colocamos nosso Diário à disposição de fortalecer essa batalha, um exemplo de luta pela natureza, por moradia, pelos direitos dos povos indígenas e contra a especulação imobiliária, a sanha predatória dos empresários e os reacionários da extrema direita de Melo, Onyx e Bolsonaro. É preciso cercar de solidariedade a luta dos povos indígenas, seja estando presentes na Retomada ou fazendo doações, principalmente de material de construção como lonas, tábuas, madeiras, barracas, etc, para a construção de habitações adequadas no espaço. Além disso, é fundamental as doações em dinheiro pelo PIX 34902236087 (CPF de Iracema Nascimento).




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