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Política | Todo repúdio aos ataques sexistas sofridos por Andreia de Jesus de deputados da direita

Depois de se pronunciar, na última quarta-feira (9), sobre o assassinato da jovem Kathlen Romeu, de 24 anos, grávida de 14 semanas, morta durante uma operação policial no Rio de Janeiro, e pedir um minuto de silêncio na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a deputada estadual Andreia de Jesus (PSOL), foi atacada por representantes da extrema-direita no parlamento mineiro.

terça-feira 15 de junho de 2021 | Edição do dia

Foto: Sarah Torres/ALMG

A deputada estadual Andréia de Jesus (PSOL) foi atacada pelos deputados Coronel Sandro (PSL) e Bruno Engler (PRTB), que a deferiram uma série de ataques sexistas, a acusando de estar mal informada sobre a segurança pública no Brasil e em Minas Gerais.

Em pronunciamento sobre a morte da jovem de 24 anos Kathlen Romeu durante uma operação policial no Rio de Janeiro, a deputada ressaltou que a segurança dos jovens negros e de quem vive na periferia não está garantida:

“Essas operações não têm nada de inteligência. Muito pelo contrário. Usam um viés racista e continuam matando trabalhadores e trabalhadoras (...) A política de segurança pública que está vigente em nosso país, e que não é diferente aqui em Minas, é genocida. A gente convive com a morte diariamente."

Andreia (PSOL) também pediu um minuto de silêncio por Kathlen Romeu na ALMG.

Depois disso, o deputado estadual Coronel Sandro (PSL), que fez carreira na Polícia Militar, rebateu a fala da deputada com típico comentário sexista:

“Essa deputada que se manifestou sobre o genocídio da segurança pública em Minas Gerais, acho que ela está muito mal informada, ela deveria estudar mais, deveria conhecer a Polícia Militar de Minas Gerais para não dizer uma asneira dessa aqui em plenário”

Sandro (PSL) ainda afirmou que a polícia só mata bandidos:

“Essa deputada disse que estão sendo exterminados jovens que seriam o futuro do Brasil. Olha, pelo amor de Deus, a polícia militar só mata bandido se for necessário. Se for em legítima defesa”

Bruno Engler (PRTB) também se colocando contra o posicionamento da deputada disse:

“Sei que o povo de bem, quem não é marginal, quem não é bandido, tem uma grande admiração pelos nossos policiais e sabe que eles não têm nada de genocidas”

Após o ocorrido, Andréia de Jesus disse em suas redes sociais que parlamentares homens acostumados ao silêncio das mulheres negras não suportaram as denúncias feitas por elas:

“Extremistas me mandaram estudar! Sou Preta, Advogada! Não me calarão!”

Nós do grupo de mulheres Pão e Rosas declaramos total repúdio aos ataques sofridos por Andreia de Jesus (PSOL) por figuras representativas da extrema-direita e defendemos que a nossa luta contra o machismo e o patriarcado e por segurança real para as mulheres tem que ser parte da luta dos trabalhadores de conjunto, contra Bolsonaro, Mourão, Damares e o sistema capitalista que internacionalmente sustenta o patriarcado para se beneficiar da opressão e exploração dos nossos corpos.

Para potencializar nossa luta contra o machismo, o racismo e esse sistema que mata rotineiramente jovens como Kathlen Romeu e seguir com a luta que começou no dia 29 de maio, precisamos que os sindicatos, que são em grande maioria dirigidos pelo PT e PCdoB, organizem a nossa luta pela base, chamando uma grande paralisação nacional contra Bolsonaro, Mourão e os ataques.

Por isso, no próximo dia 19, quando ocorrerão novas manifestações, estaremos nas ruas também contra todas as formas de opressão, contra as reformas e os ataques, e por Fora Bolsonaro, Mourão e os militares.




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