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Ataque à educação | “Transformemos nossa angústia em revolta!”, diz Elisa Campos diante da destruição da educação no governo Bolsonaro

Contra os confiscos e cortes bilionários orquestrados pelo governo Bolsonaro na educação, Elisa Campos, estudante da UFMG e militante da Faísca Revolucionária, faz um chamado para que derrotemos o presidente e toda a extrema direita nas ruas com a união de estudantes e trabalhadores!

terça-feira 11 de outubro de 2022 | 13:42

Na última segunda-feira (10/10), estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), se reuniram em assembleia para pautar os confiscos recentes do governo federal destinados para a educação, que logo após as manifestações estudantis na UFBA e UFAL, sofreram um recuo. Ainda assim, Elisa alerta que é urgente manter as mobilizações e construir um plano de lutas em cada universidade e instituto federal para que sejam revogados todos os cortes, incluindo a PEC do Teto de Gastos. Estudantes de Cajazeiras na Paraíba fizeram um ato contra os ataques e na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/RS), ocorreu uma numerosa assembleia, mostrando que em vários cantos do país estudantes se levantam para defender a educação através da organização da luta!

Segue a potente fala de Elisa na assembleia estudantil da UFMG:

"Boa noite, pessoal! A primeira coisa que e queria dizer é: Nikolas Ferreira, tire as suas mãos imundas das nossas entidades estudantis! Eu sou do CAFCA e da Juventude Faísca Revolucionária e presto toda nossa solidariedade ao DAAB.

Pessoas, todos nós nos angustiamos com os resultados do primeiro turno, vendo o fortalecimento do bolsonarismo e das figuras mais odiosas, mais revoltantes, se encastelando no congresso e no regime do país. O confisco do orçamento da educação que o governo Bolsonaro fez, foi só mais uma amostra do projeto que ele e seus seguidores sempre defenderam pra gente: o projeto de destruição da nossa educação e do nosso futuro. E a revogação parcial que houve, desse confisco, foi após os fortes atos nas universidades federais da Bahia, de Alagoas, que os estudantes mostraram o caminho pra se enfrentar com os ataques e com o governo Bolsonaro, que é com a nossa mobilização nas ruas, nas lutas e com as nossas bandeiras à frente. E eu digo isso também porque nós não vamos aceitar uma educação cada vez mais sucateada, com os cortes dos anos anteriores que vão se acumulando com a PEC do Teto de Gastos que serve pra um projeto pra que nós da juventude amarguemos nos trabalhos precários, sem direito à educação, com as reformas que nos querem fazer trabalhar até morrer.

Demanda essa, inclusive, que se a gente defende a gente tem que saber também que as alianças com a direita, com o regime, com os empresários, que tá fazendo a chapa Lula-Alckmin, não vai ser resposta pra elas. A nossa unidade é de trabalhadores, movimentos sociais, estudantes e juventude nas ruas, porque o bolsonarismo também mostrou nesse resultado do primeiro turno que não pode ser derrotado com eleitoralismo e com alianças com a mesma direita que abriu caminho a que ele chegasse até aqui e a esse momento que a gente se encontra.”

Diante do fortalecimento do bolsonarismo expresso no primeiro turno, a estudante aponta como a aliança com a direita, inclusive na chapa Lula-Alckmin, só fortalece a extrema direita. Além disso, contesta a lentidão da mobilização da UNE diante dos ataques à educação:

“Pra fortalecer esse sentido eu gostaria de colocar uma reflexão, porque a União Nacional dos Estudantes (UNE), a nossa entidade estudantil à nível nacional, deveria convocar não só um dia de paralisação e luta, mas um plano de lutas com assembleias organizadas em cada universidade e instituto federal desse país, inclusive pra dar vazão à crítica que apareceu - inclusive entre os estudantes aqui do Centro Acadêmico de Ciências do Estado - e em muitos lugares nacionalmente em relação à longevidade do dia 18, que na minha opinião só se explica em uma confiança que a nossa entidade estudantil nacional parece ter mais no Alckmin do que na nossa força mobilizada nas ruas pra enfrentar o Bolsonaro.

E aqui pra UFMG eu gostaria de propor nessa assembleia que a gente se posicione por uma paralização nacional contra o Bolsonaro e pela revogação integral dos cortes e bloqueios, pra tomar as ruas como a UFBA e a UFAL.

E pra concluir:

Gente! Transformemos a nossa angústia em revolta! Nos inspiremos nas mulheres iranianas que arrancam os seus véus contra a violência policial e o machismo, contra o estado teocrático e também façamos nós aqui, de arrancar o véu dessa extrema direita que tenta esconder a sua origem nesse regime podre. E temos pra nós a tarefa de ser contra esse regime podre e destruir os pilares que sustentam os Bolsonaros, os Zemas, os Nikolas, as Damares, os Paulo Guedes, e nos dá a criatividade e ousadia de sobre as ruínas deles, construir um mundo novo, um mundo radicalmente novo, onde a gente possa ter o direito ao pão, mas também às rosas! Muito obrigada.”




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