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Precarização da educação | UFRJ poderá fechar campi até agosto por falta de verbas

Tendo R$23 milhões de seu orçamento cortado, a UFRJ corre o risco de fechar suas portas por não poder pagar contas de luz e água. É preciso uma forte luta nacional para barrar esses cortes e impedir que milhares de jovens tenham suas universidades fechadas.

sexta-feira 17 de junho de 2022 | Edição do dia

No último mês, o governo Bolsonaro-Mourão cortou R$3,2 bilhões do orçamento da educação, sendo R$220 milhões das universidades federais. Um gigantesco ataque à educação, que traz a chance real do fechamento e da paralisação das atividades de diversas universidades pelo país, como na UFSCar e na UFRJ, uma das mais importantes e mais antigas universidades do país.

Segundo a reitora Denise Pires de Carvalho, em uma entrevista, o orçamento previsto para a federal era o valor, já insuficiente segundo a própria instituição, de R$329 milhões, com o corte, o valor passará para R$303 milhões, o que impossibilitará o pagamento de contas como de luz e água já em dois meses, afetando 1450 laboratórios, 350 cursos de pós-graduação, 170 de graduação e 8000 bolsistas. Além de afetar o desenvolvimento de pesquisas, como da UFRJVac.

Essa situação da UFRJ intensifica um projeto de precarização que já vinha ocorrendo na própria universidade há anos. Um exemplo disso é que, em 2015 na Quinta da Boa Vista, um incêndio destruiu grande parte da estrutura e do acervo de pesquisa do Museu Nacional da UFRJ. Ou nas denúncias de estudantes terem o direito à alimentação negada pela universidade.

Além da UFRJ, outras das universidades mais afetadas não: UFRGS, UFMG e Unifesp.

Contra os ataques e cortes às universidades, à ciência, à juventude e aos estudantes, que escancaram o projeto de precarização que o governo Bolsonaro e a burguesia querem nos impor, é urgente uma forte mobilização de todes es estudantes, que seja construída desde as bases de cada curso, universidade e escola pelas entidades estudantis, como a UNE e UBES, e pelos diversos Centros Acadêmicos e DCEs pelo país. É necessário articular essa luta também com os trabalhadores, em uma luta conjunta que questione a estrutura de poder das universidades, que é central de aplicar os ataques aos estudantes, funcionários e professores. Essa batalha passa por confiarmos apenas na força de nossa mobilização e com nossos próprios métodos, de forma independente de qualquer reitoria ou de alianças com a direita.

Veja também: Entre a disposição de luta e a conciliação eleitoral, por que o 9J não foi um tsunami da educação?




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