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Bolsonarismo | Véio da Havan manda demitir metade dos professores de SC para não pagar imposto

sábado 22 de outubro de 2022 | Edição do dia

Em conversa telefonica com o Secretario da Fazenda de Santa Catarina, o empresário escudeiro de Bolsonaro, Luciano Hang, dono da rede de superlojas da Havan, mais conhecido como Véio da Havan, se irrita com a cobrança de impostos de sua loja, se negando a pagar e falando para o Secretario atrasar salário e demitir metade dos professores.

Veja a transcrição do áudio:

Paulo Eli – Secretário da Fazenda: “Eu tenho que pagar o salário dos professores, eu to na iminência de atrasar salário...”
Luciano Hang: “Atrasa salário. Atrasa o salário. Paulo vai me desculpar, atrasa o salário, demita.”
Paulo Eli: “Não, eu quero o imposto das lojas.”
Luciano Hang: “Vocês tão pensado só no imposto de vocês pra pagar o diabo do professor. Demita metade!”

Um escândalo que mostra mais uma vez o quanto essa extrema-direita odeia os professores e não está nem aí pra vida dos trabalhadores. O próprio Luciano Hang é famoso por forçar trabalhadores das suas lojas a gravarem vídeos com ele dando apoio a Bolsonaro, chantageando que se Bolsonaro não for eleito, vai fechar suas lojas e demitir os funcionários.

É isso o que querem quando falam em liberdade. Liberdade para explorar até a ultima gota de suor dos trabalhadores e estarem isentos de qualquer custo. É isso que Guedes propõe nos seus projetos, como a Carteira de Trabalho Verde Amarela, que regulamenta o trabalho precário tirando impostos dos empresários. Ou como a sua última medida de arrochar os salários, propondo uma PEC que impede a correção dos salários e benefícios previdenciários segundo a inflação. Querem ampliar a fome e miséria da população.

Como apontamos no seguinte editorial, é necessário enfrentar Bolsonaro e as reformas em um país mais a direita, frente a uma extrema-direita institucionalizada no regime após os resultados desse primeiro turno, se apoiando nas bases bolsonaristas para impor esse projeto reacionário. Somente a luta organizada dos trabalhadores, com a juventude e os movimentos sociais, pode barrar de uma vez por todas essa ofensiva. E abrir caminho para uma resposta independente dos trabalhadores e da população para a crise, impondo o reajuste automático dos salários conforme a inflação, assim como a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, para combater o desemprego, enfrentando os lucros capitalistas. Só nas grandes empresas, essa medida significa a ampliação de mais de 1 milhão de postos de trabalho.




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