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Educação | Veja 3 vezes (das muitas) que Alckmin atacou os professores de SP

O tucano neoliberal Geraldo Alckmin é uma inimigo declarado da educação pública e dos professores. Veja aqui alguns dos ataques desse carrasco em seus 13 anos de governo em São Paulo

sábado 15 de outubro de 2022 | Edição do dia

1 - Roubo de merenda

A Operação Alba Branca revelou um esquema de superfaturamento e pagamento de propina em contratos para fornecimento de merendas escolares em todo Estado. A corrupção da Merenda, mostrou uma enorme rede envolvendo assessores e diversos políticos apoiadores do governo tucano. De acordo com a investigação, o suco de laranja integral servido nas escolas tem como preço de custo 3,70 por litro, porém o governo estadual comprava a 6,80 da empresa Coaf. Esta licitação fraudulenta era garantida através de um cartel com empresas similares que combinavam os preços e dividiam entre si a distribuição de merenda e contavam com o apoio de políticos do governo Geraldo Alckmin, que cobrava 25% em todos os contratos.

Segundo as investigações, a roubalheira seguia o mesmo roteiro de outros escândalos de corrupção Brasil afora, onde agentes públicos recebem dinheiro de empresas privadas para defender os interesses destas no governo, garantindo licitações superfaturadas e recebendo gordas comissões pelo serviço. Esse esquema de corrupção é amostra do caos que Geraldo Alckmin deixou no ensino publico.

2 - Reorganização das escolas

A princípio, a reorganização das escolar, ou seja, o fechamento sistemático de escolas públicas, demissões e evasão, foi barrada pelos estudantes secundaristas em um forte movimento de ocupação de escolas, que mostraram para o governo Alckmin que os estudantes não deixariam ele acabar com a educação. Eles foram vitoriosos apesar de terem sido brutalmente reprimidos pelo governo por lutarem em defesa da escola pública.

Porém, ela aconteceu de forma clandestina e velada, fechando centenas de milhares de salas de aula durante anos de seu governo, o que significa dezenas e dezenas de escolas inteiras, acabando também com a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ele passou também a responsabilidade do ensino para os municípios de São Paulo, deixando os professores sem saber o que fazer com seus cargos, já que suas escolas foram sendo fechadas.

3 - Demissões em massa e sucateamento

Alckmin promoveu milhares de demissões de professores durante seus mandatos. Uma emblema tôca foi em 2014, com a demissões em massa de mais de 20 mil professores continuando nos anos seguintes com outras dezenas de milhares.

Combinando isso aos baixos salários (um dos menores do país), com arrocho salarial de 4 anos; salas de aula super lotadas e as escolas estão caindo aos pedaços, com enorme evasão e com professores pagando para trabalhar, pagando materiais do seu próprio bolso - esse é o cenário que Alckmin deixou para a educação de São Paulo: precarização e sucateamento das escolas, do ensino público e do trabalho dos professores.

Além disso, o governo vem promovendo bonificação por mérito, culpabilização dos professores e estudantes pelos maus resultados nas provas de avaliação que o governo impõe. Controle do que os professores passam em sala de aula, sem possibilitar o debate de opiniões.

O governo Alckmin também privatizou setores das escolas, como a merenda e a gestão. Tentou implementar o Contrato de Impacto Social, que permitia privatizar escolas inteiras, sendo passadas para as mãos de empresas que iriam gerir as escolas a partir de metas, que, além de privatizar, transformaria as escolas em verdadeiras empresas, retirando o conteúdo, a relação professor e aluno.


Esse é o legado de Alckmin na educação. Ou seja, se pintar agora como "defensor da educação" é pura demagogia por trás de corrupção, sucateamento, privatização, balas de borracha cegando professores nas repressões policiais, demissões e destruição do ensino público. É isso o que Alckmin representa, os interesses mais nojentos dos tubarões do ensino pra privado que odeiam os estudantes e os professores. O legado neoliberal de Alckmin, seguido por BolsoDória, é o ninho perfeito para bolsonaristas privatistas como Tarcísio crescerem e imporem ainda mais ataques. Por isso, é fundamental confiar na força da aliança entre estudantes e professores, com uma política de combate ao conjunto dos ataques e reformas do bolsonarismo e também de Alckmin.

Diante dos resultados do primeiro turno dessas eleições, fica claro que o bolsonarismo, por um lado, não irá desaparecer após o segundo turno; por outro, que é necessária a unidade da classe trabalhadora junto de todos os oprimidos para derrotar na luta de classes a extrema-direita. Os acordos com os grandes tubarões da educação privada, com a direita que odeia a educação como Alckmin, que Lula e o PT estão promovendo apenas abre espaço para o bolsonarismo, rifando as pautas fundamentais dos professores como educação sexual laica nas escolas, uma luta decidida pelo reajuste salarial, revogação das reformas etc; ao mesmo tempo que deixa as ruas livres para essa corja reacionária. É preciso construir uma alternativa independente para fortalecer uma batalha anticapitalista e mandar o bolsonarismo para a lata do lixo da história, sem aliança com os patrões.

Leia mais: Enfrentar Bolsonaro e as reformas em um país mais à direita




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