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Aliança com a direita | Veja quem são os banqueiros e empresários que embarcaram na campanha Lula-Alckmin

Às vésperas das eleições, Lula participou de um encontro com o grande capital nacional, buscando confirmar o apoio da burguesia ao seu novo projeto de conciliação. No jantar, Lula e Alckmin foram aplaudidos por representantes da FIESP, FEBRABAN, e até mesmo bolsonaristas reconhecidos como Flávio Rocha (do Grupo Riachuelo) e Rubens Ometto (da Cosan).

quarta-feira 28 de setembro de 2022 | Edição do dia

À medida que se aproxima as eleições, a chapa Lula-Alckmin vai transformando as sinalizações em compromissos com a burguesia brasileira em busca de seu completo apoio e a vitória ainda no primeiro turno. Os aplausos de representantes do grande capital nacional, em jantar no dia de ontem, mostra que a chapa recebeu de vez a benção da burguesia brasileira, dado que cumprirá a pré-condição indispensável manter as reformas e ataques econômicos.

Os senhores que Lula e Alckmin se esforçam para assegurar o apoio são nomes como: o presidente da Fiesp, Josué Gomes, o presidente da Febraban, Isaac José Sidney, Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Conselho de Administração do Bradesco, André Esteves do BTG Pactual, etc. Pesos pesados do PIB nacional compromissados com a máxima exploração da classe trabalhadora, como Benjamin Steinbruch, da CSN, que já declarou que o trabalhador pode comer um sanduíche com uma mão enquanto opera a máquina com a outra, dispensando o horário de almoço; ou Flávio Rocha, da Riachuelo, notório bolsonarista, cuja empresa é denunciada pelo uso de trabalho escravo; e Rubens Ometto, da Cosan, principal patrocinador das candidaturas bolsonaristas.

O aplauso satisfeito de gente dessa laia mostra que o programa da chapa Lula-Alckmin não pode reverter os ataques contra as condições de vida da classe trabalhadora. Alianças desse tipo, com Fiesp, Febraban e demais empresários que apoiaram o golpe de 2016 e o governo Bolsonaro, só servem para barrar os verdadeiros interesses dos trabalhadores, que são pela revogação de todas as reformas, pela redução da jornada de trabalho, pelo reajuste salarial de acordo com a inflação, medidas que seriam vaiadas e rechaçadas por cada um dos capitalistas presentes na reunião.

Essa oposição de interesses mostra que o caminho de conciliação, o qual Lula e o PT anunciam que irão repetir, não trará benefícios aos trabalhadores. Contra esse projeto de conciliação é necessário batalhar pela independência da classe trabalhadora, que seja nossa classe a apresentar uma saída para derrotar Bolsonaro e a extrema direita nas ruas, por fora das alianças com a direita e os patrões que defendem as reformas. Dessa forma, que poderemos lutar para arrancar, na mobilização, um programa dos trabalhadores para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

Leia mais em: Editorial MRT




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