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ABSURDO | Vídeos mostram DJ agredindo companheira em casa. Basta de violência contra as mulheres!

Iverson de Souza Araújo, DJ Ivis, foi exposto nas redes neste domingo agredindo violentamente sua esposa, Pâmella de Holanda. As imagens mostram o agressor agredindo com socos e pontapés Pâmela, até mesmo com ela carregando a filha nos braços.

Gabriela MuellerEstudante de História da UFRGS

segunda-feira 12 de julho de 2021 | Edição do dia

Foto: reprodução/instagram

O embrulho no estômago aumenta ao ver o DJ tentando justificar-se em seu instagram, dizendo que era alvo de ameaças, pois sua esposa falava que iria se matar, e então ele a agrediu por não aguentar mais essas ameaças. Em um dos vídeos, absurdamente, um homem - o qual dj ivis diz ser um amigo seu - aparece olhando a mulher sendo agredida e não fazendo nada, naturalizando a cena que parecia ser cotidiana. Pâmella já havia registrado um boletim de ocorrência em Março deste ano, o que indica que muito provavelmente ela era vítima de agressões há tempo e que o Estado, mesmo sabendo do absurdo, nada fez para proteger a vítima.

É um absurdo a brutalidade da violência de gênero exposta por esses vídeos, que mostram o que acontece em muitas casas brasileiras, não sendo um caso isolado. Esse é o retrato da família tradicional do capitalismo, repleta de opressões e contradições, em que uma mulher é agredida e violentada por seu próprio companheiro, quando não chega a ser assassinada. Essas mesmas famílias são as que expulsam pessoas LGBTs de casa, as quais ficam sujeitas a todo o tipo de violência, como Roberta, uma mulher trans que foi morta queimada viva na rua.

O Estado é responsável por todos esses absurdos, pois justamente reproduz a estrutura que gera as violências de gênero e nada faz para proteger as vítimas dos seus agressores. Pelo contrário, precarizam as vidas delas, deixando-as sujeitas aos piores empregos e condições, forçando-as a depender financeira legalmente de seus agressores ou mesmo jogando-as em subempregos e às ruas. Sobretudo o governo de Bolsonaro e Mourão endossa esse tipo de reacionarismo misógino, querendo restringir cada vez mais os poucos direitos que restam aos setores oprimidos. A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, leva à frente a face mais odiosa desse governo em relação as mulheres, negros e lgbts, falando todos os tipos de absurdo contra essas populações, chegando a culpabilizar uma menina de 10 anos que precisava abortar por ter sido estuprada sistematizamente por seu tio.

O Esquerda Diário e o grupo internacional de mulheres Pão e Rosas, solidariza-se com Pâmella e com todas as mulheres vítimas da violência de gênero que esse sistema capitalista reproduz todos os dias. Nós mulheres trabalhadoras somos as que mais sofremos com as contradições desse sistema, que joga o duplo peso da exploração e da opressão em nossas costas. Por isso, é necessário lutar contra esse regime podre e reacionário de Bolsonaro, militares, e Damares que nada nos tem a oferecer a não ser a miséria e a brutalidade. Através da luta organizada das mulheres é preciso construir um plano de emergência contra a violência de gênero e pelos mínimos direitos de proteção da vida dessas mulheres e LGBTs como a legalização do aborto, o acolhimento de vítimas de violência. É preciso impor justiça por Pâmela, por Roberta e tantas outras que são todos os dias violentadas e mortas vítimas de violência pela qual o Estado reacionário, misógino e capitalista é responsável.




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