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Reacionarismo | Cínico, Witzel quer concorrer ao governo do Rio de janeiro pelo Partido da Mulher

Após ter surfado na onda bolsonarista em 2018, ter sofrido impeachemente ano passado, agora o ex-governador Witzel quer voltar ao Palácio dos bandeirantes pelo Partido da Mulher. Autor de frases como ’’mirar na cabecinha’’ em alusão à operações policiais nas favelas cariocas contra o povo pobre e preto, Witizel volta à tona com falso discurso se passando de antissistema.

terça-feira 16 de agosto de 2022 | Edição do dia

Após sofrer impeachment há pouco mais de um ano por crime de responsabilidade, fruto de acusação de fraude em contratações de organizações sociais que atuaram na saúde pública do Rio durante a pandemia da covid-19, Wilson Witzel pretende concorrer novamente ao governo do estado do Rio.

Por conta das acusações e do afastamento no ano passado, ele está inelegível por 5 anos, mas mesmo assim acredita reverter isso na justiça e concorrer pelo PMB.

Witzel foi eleito em 2018 em meio a reacionária onda bolsonarista, e ficou conhecido pela frase ’’É só mirar na cabecinha’’. Ele pretende concorrer contra seu ex-vice e atual governador Claudio Castro, que vem dando seguimento ao governo iniciado por Witzel, ao cumprir o papel de inimigo do trabalhadores e negros moradores da favela com as chacinas no jacarezinho, Vila Cruzeiro e operações como no Complexo do alemão, parte de sua campanha eleitoral assassina.

Apelando para um discurso antissistema, Witzel diz que ’’ não podemos deixar que o crime organizado comande nosso futuro’’. O ex-governador que em 2018 surfou na onda bolsonarista e em especial no Rio de Janeiro com apoio das milícias, onde tinha palanque em que se quebravam placas com o nome de Marielle.

Após ser responsável direto por centenas de assassinatos de jovens negros nas favelas do Rio de Janeiro, através da operações policiais, arrancando pela bala filhos de mães negras, que até hoje clamam por justiça, Wtizel cinicamente quer se passar e se candidatar pelo Partido da Mulher Brasileira. Por outro lado revela também que este partido, dito "da mulher", nada tem a oferecer, além de mais morte para as mulheres negras e seus filhos.

Witzel, Castro e Bolsonaro são parte da mesma política reacionária da extrema-direita brasileira que odeia os trabalhadores e negros moradores da favela, vítimas da polícia assassina e racista apoiado por eles. É preciso uma mobilização independente para dar um basta a essa política e por fim à todas operações policiais nas favelas, e lutar por justiça por cada vítima.




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