O Ministério do Planejamento quer que as futuras concessionárias absorvam parte dos funcionários da Infraero, justificam que isso ajudaria o caixa da União que está em queda de arrecadação, o que pode comprometer o cumprimento da meta de déficit do ano de R$ 139 bilhões. Já o Ministério dos Transportes quer que a estatal siga na gestão do sistema aéreo e administrando uma rede menor.
Atualmente, a Infraero tem 49% de participação nos aeroportos do Galeão (RJ), de Confins (MG), de Brasília (DF), de Natal (RN) e de Viracopos (SP). Os dirigentes da Infraero entraram em acordo com o Ministério dos Transportes que apesar deles defenderem que a privatização de aeroportos lucrativos, como Congonhas e Santos Dumont, não vem mais possibilidade de que parte desses recursos volte para a Infraero.
Apesar das controvérsias sobre o destino da Infraero, o secretário de aviação civil, Dario Rais Lopes afirma que até o momento há consenso sobre a venda de sua participação nos cinco aeroportos já privatizados e que "o segundo semestre de 2018 é um período eleitoral, temos apenas um ano para trabalhar" e "depois da venda da participação da Infraero nos aeroportos privatizados, nosso plano é preparar uma nova rodada de concessões, sem a estatal."
A proposta da Secretaria Nacional de Aviação é a entrega ao capital estrangeiro de dois lotes de aeroportos imediatamente e a transferência da outorga de Ilhéus e de São José dos Campos para que procedam à concessão. "Em seguida, precisamos colocar a subsidiária Asas para funcionar (empresa criada em parceria com a operadora alemã Fraport), abrir seu capital e fazer uma licitação para a contratação de uma proposta de reestruturação de capital da Infraero."
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