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TRANSFORMAR O LUTO EM LUTA
"Por Marielle, eu digo não! Eu digo não à intervenção!" cantam dezenas de milhares no RJ
Jean Barroso
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Dezenas de milhares, possivelmente perto de 100 mil pessoas compareceram à manifestação na tarde de hoje no centro do Rio de Janeiro, chamada em revolta pelo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, vereadora do Partido Socialismo e Liberdade e seu motorista, alvos de 9 disparos por um carro que os perseguia no bairro do Estácio, por volta das 21:30 de ontem.

Com gritos de "Por Marielle, eu digo não! Eu digo não à intervenção!", ou "Não acabou, tem que acabar! Eu quero o fim da Polícia Militar!", dezenas de milhares chegavam à tarde no centro do Rio de Janeiro. E no final de um intenso velório na Cinelândia em homenagem aos dois, o Centro foi enchendo, agora na Alerj, até a noite, passando do Luto à Luta, contra a violência policial e a repressão ao povo negro e aos pobres que tanto Marielle denunciou, e que é apontado como principal motivo para que tenha sido brutalmente executada.

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Os gritos representaram a história da vereadora: pouco antes de ser assassinada, Marielle denunciava a reacionária intervenção federal de Temer no RJ, ao mesmo tempo em que recentemente denunciava a ação do 41º Batalhão da Polícia Militar em Acari, também havia sido recentemente eleita como relatora para a Comissão para fiscalizar a Intervenção Federal na segurança pública do Rio de Janeiro feita à mando de Temer.

Marielle denunciava a injustiça social e a repressão do estatal direcionada à população negra e pobre do Estado do Rio de Janeiro e por isso a tentaram calar, mas não nos calaremos. Seu assassinato deve ser entendido como um ataque contra todos os defensores dos direitos humanos, assim como contra os pobres e o povo negro, e em defesa destes setores é que deve ser investigado por uma Comissão Independente, formada por parlamentares, figuras reconhecidas, advogados e comissões de direitos humanos. Lutar para que realmente haja investigação, não confiando nas polícias, é o que pode mobilizar tanto para punir os verdadeiros culpados, assim como parar com toda a opressão e violência, assassinatos cometidos pelo estado nas favelas contra o qual tanto Marielle denunciava

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