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ELEIÇÕES 2018
"Democrata" Gilmar Mendes responde filho de Bolsonaro: "nem os militares fecharam o STF"
Gabriella Novais

Na terça feira, 23, Gilmar mendes, ministro do Supremo tribunal federal, respondeu a afirmação autoritária que Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, fez em vídeo no Paraná.

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Nesta terça feira 23, Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, respondeu a afirmação autoritária de Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, na qual diz que “se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Você não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo.”

Ao ser questionado por jornalistas, Gilmar respondeu que “É bom lembrar que nem os militares fecharam o Supremo Tribunal Federal. Houve cassação de mandatos de três ministros em 1969, mas não houve fechamento de Tribunal, de modo que esse tipo de referência é absolutamente impróprio, inadequado, precisa ser repudiado e acho que o país tem que voltar a respirar ares democráticos[...]”

Conhecidos por serem saudosos da ditadura, a família Bolsonaro tem censurado diversas publicações que os criticam ou repudiam, como foi com a nota da UNE postada no site da entidade e que teve de ser retirada graças ao acatamento da denúncia dos direitistas por parte do TSE.

Através de nota, o presidente da corte, Dias Toffoli, afirmou que “atacar o Judiciário é atacar a democracia”, mas se sabe que toda a manipulação existente nessas eleições foi avalizada e tutelada pelo poder judiciário, atacando um dos poucos direitos democráticos que resta à população, de poder votar em quem quiser; como foi, por exemplo, com a prisão arbitrária do Lula, candidato com maior intenção de votos, segundo as pesquisas eleitorais, e com o cancelamento de mais de 3 milhões de títulos de eleitor diretamente da base do PT, ditos irregulares.

O judiciário, que até então vinha sendo conivente com as declarações chantagistas dos militares, busca agora nas declarações de Gilmar Mendes e Toffoli se delimitar do crescente autoritarismo de Bolsonaro. Inclusive, tem em sua manga a investigação de caixa dois de Bolsonaro a ser usada como uma espada sob a cabeça do provável futuro presidente, caso se descaminhe de sua tarefa de levar a cabo as reformas e se exceda em seu bonapartismo. O partido da toga, de Gilmar Mendes, Toffoli e cia., não quer perder seus poderes bonapartistas, por isso repreende apenas verbalmente o clã Bolsoanro.

Não é através de qualquer medida do STF tão golpista e em busca de grandes ataque aos trabalhadores e jovens quanto os reacionários do PSL, que venceremos o autoritarismo costumeiro dos Bolsonaros, e sim nas ruas e com milhares de comitês de bases pelas universidades e locais de trabalho. Sem ter nenhuma confiança nas instituições burguesas que desde o início têm tutelado o processo de eleição, após articularem o golpe institucional.

Diante disso, compartilhando do ódio e da vontade de luta de todos os trabalhadores e jovens que querem derrotar Bolsonaro e os acompanhamos nas urnas, votando criticamente em Haddad.

Entretanto, não damos nenhum apoio político ao PT, pois não compartilhamos de sua estratégia de conciliação de classes meramente eleitoral e de seu programa - que significou em tempos de crise ajustes contra os trabalhadores - completamente impotente para frear a extrema direita, como se prova agora.

Temos que nos organizar desde cada local de trabalho e estudo, exigir das nossas entidades estudantis e sindicais, em sua maioria controladas pelo PT, que construam através de comitês uma forte mobilização. Somente com uma grande força anticapitalista seremos capazes de fazer pela via da luta de classes com que sejam os capitalistas aqueles que paguem por essa crise.

 
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