Lutar contra os cortes na educação deve ser parte da luta contra a Reforma da Previdência
O carro chefe dos ataques de Bolsonaro é nos fazer trabalhar até morrer com essa Reforma da Previdência e, para isso, tem buscado ofensivamente minar e sufocar os setores que podem encabeçar mais fortemente o rechaço ao seu governo e à sua sanha de abastecer os lucros capitalistas às custas das vidas dos trabalhadores e da juventude.
Não é por acaso que estamos acompanhando uma escalada de ataques à educação pública, que vão desde instalar um clima de perseguição à liberdade de ensino dos professores, até diretamente estrangular o funcionamento das escolas e universidades federais com os cortes de gastos que, em algumas instituições, já chega a quase 50%.
Com isso o governo Bolsonaro tenta nos dividir, fazendo chantagens com a educação pública para tentar nos fazer engolir sua Reforma da Previdência.
Como disse a professora Maíra Machado, do MRT: “a separação entre a luta contra a Reforma da Previdência e a luta contra os ataques à educação NÃO EXISTE: os cortes na educação são parte da política de cortar tudo e, assim, ‘provar’ que a reforma ‘é necessária’”
O rechaço ao governo Bolsonaro e a disposição que os professores já vem expressando para lutar contra a Reforma da Previdência e contra os cortes na educação precisa romper com as amarras da burocracia sindical do país (CUT e CTB principalmente) que, por sua vez, tem buscado isolar os setores mais combativos contra os ataques para, na prática, apenas melhor se localizar se a reforma passar e visando as próximas eleições. Sem nem falar da traição mais escancarada de Paulinho, pela Força Sindical, e UGT que querem negociar pontos da reforma.
A burocracia sindical quer ver a terra arrasada para tentar eleger seus candidatos daqui a 4 anos com promessas vazias de dias melhores?
Não podemos deixar os professores, estudantes e trabalhadores da educação sozinhos nessa luta que tem a ver com cada trabalhador que precisa sair de casa todos os dias para trabalhar ou procurar emprego e que não quer mais ver a cada vez maior precarização de suas condições de vida.
Mais uma vez, exijamos de nossos sindicatos que organizem em todo o país medidas para todas as categorias se somarem na luta contra os cortes na educação e a Reforma da Previdência! Que o dia 15 de maio seja um potente ensaio da classe trabalhadora para pôr em pé uma greve geral no dia 14 de junho!
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