A cerimônia de posse dos novos ministros ocorreu nessa segunda-feira, 5 de Outubro em Brasília. Foram 10 novos ministros que receberam posse. Aloizio Mercadante, que deu lugar à Jaques Wagner na Casa Civil, agora estará a frente do Ministério da Educação. A presidenta Dilma Rousseff afirmou que Mercadante vai "dar sequência ao compromisso do governo" e seguiu dizendo que vão "continuar trabalhando para dar a cada brasileiro e brasileira o melhor passaporte para o futuro, que é o acesso à educação de qualidade".

Esse movimento ocorre em meio a uma reforma ministerial que, entre as inúmeras medidas de cortes e mudanças cosméticas, configura uma manobra articulada internamente por Lula para facilitar a governabilidade e fortalecer o PMDB no governo. Menos para repensar um ministério que hoje figura entre os mais afetados no último período por conta dos ajustes, essa volta de Mercadante tem mais a ver com uma recomposição do governo para poder ampliar a sua margem de governabilidade e aprofundar as medidas de ajustes.

Diante de um cenário de intensa crise política e econômica, a volta de Mercadante apenas enfatiza as contradições da "pátria educadora". Com cerca de R$ 10 bilhões cortados do MEC apenas este ano, a continuidade do "compromisso do governo" citado pela presidenta só pode significar mais ajustes.