O Ministério da Saúde divulgou, na noite de ontem (17), dados sobre mortes e casos de coronavírus. Embora esses dados sejam assombrosos, 46.510 mortes, sendo 1.269 apenas nas últimas 24h, sabemos que esses números estão longe de expressar a realidade brutal que a classe trabalhadora está sofrendo com essa pandemia.
A subnotificação devido à falta de testes massivos e as praticamente inexistentes EPIs para quem está na linha de frente contra a COVID-19 são alguns exemplos do descaso que o governo Bolsonaro expressa aos trabalhadores.
Sabemos que o Brasil possui o status de epicentro dessa pandemia. Mesmo assim, a extrema direita insiste em reabrir a todo o custo a economia, sem nem ter tomado as providências para cessar essa crise. O resultado disso são dezenas de milhares de mortes, muito maiores do que a criminosa subnotificação que o Ministério da Saúde expressa.
E quem mais morre nessa crise? O povo preto e pobre, que possui os trabalhos mais precarizados (como os entregadores de apps) e que estão com seus corpos na linha de frente dessa crise, pois não têm a escolha de se proteger em casa. Precisam continuar trabalhando para sobreviver, e o auxílio de R$ 600,00 do governo não garante condições para isso.
Isso nos mostra que quem está realmente lutando contra o vírus é a classe trabalhadora, as trabalhadoras da saúde, os entregadores... E é por isso que devemos defender que a produção em nosso país seja voltada para produzir EPIs, testes, vacinas e tudo o que é necessário para resolver a crise sanitária, em vez de abrir shoppings e setores que apenas visam os lucros dos empresários e não as nossas vidas!
Dessa forma, nós do MRT e Esquerda Diário apoiamos totalmente a paralisação dos entregadores no dia 1 de julho, que é são trabalhadores essenciais e que enfrentam condições precárias de trabalho. Nos colocamos inteiramente a serviço de propagar as reivindicações dos entregadores e fortalecer essa luta.
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