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MULHERES NEGRAS
Mulheres negras ganham menos da metade do salário de homens brancos, aponta IBGE
Ana Carolina Toussaint

As mulheres negras são as principais vítimas das desigualdades salariais no mercado de trabalho, pesquisas apontam que os homens brancos ganham o dobro em comparação às mulheres negras.

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Foto: AFP

As mulheres negras são as principais afetadas pelas opressões do sistema capitalista, uma pesquisa do Instituto de ensino e pesquisa, Insper, aponta que os homens brancos com ensino superior têm um salário médio 159% maior do que o das mulheres negras com certificado de ensino superior. Essa pesquisa foi administrada pelos pesquisadores do Insper Bruno Komatsu, Beatriz Ribeiro e Naercio Menezes filhos com apoio nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre 2016 e 2018.

Os resultados da pesquisa tiveram como base detalhada as seguintes profissões, engenharia, médicos, professores, arquitetos e administradores. Nessas cinco profissões foram analisados os salários, a questão racial e a questão de gênero dos empregados, nas mesmas cinco profissões as mulheres negras ganham significantemente menos que os homens brancos, inclusive, as mulheres negras ficam atrás dos homens negros e das mulheres brancas.

Além disso, a profissão de medicina, uma profissão ultra elitista, escancara o racismo estrutural e a opressão machista contra as mulheres negras, segundo os dados da pesquisa do Insper, os médicos formados em universidade pública tem salário médio de R$15.055,84 enquanto o salário das mulheres negras é de R$6.370,30. As áreas de ciências sociais também não escapam dessa realidade, o salário de um homem branco na área é equivalente a R$8.814,05 enquanto o salário de uma mulher negra é R$4.141,69.

Os resultados da pesquisa do Insper são marcas do racismo estrutural de um país que é marcado por séculos e séculos de escravidão e pelo mito da democracia racial. As mulheres negras seguem sendo as principais vítimas da opressão e exploração capitalista que enriquecem a cada ano com a diferença salarial que pesa cotidianamente na relação de trabalho e vida das mulheres negras.

Não é a primeira vez que pesquisas apontam as diferenças salariais gritantes que as mulheres negras sofrem no mercado de trabalho, outra pesquisa, aponta que as mulheres negras ganham 60% a menos que os homens brancos. Essa é uma realidade marcada pelo racismo e machismo que os patrões estruturam nas bases sociais em nome da sede de seus lucros, por isso é urgente que a nossa luta seja uma luta pelo fim do racismo, machismo e pela igualdade salarial entre brancos e negros, mulheres negras e homens brancos.

 
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