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CARESTIA
Ano novo, ataques novos: reajustes para janeiro já são anunciados
Redação

Logo no começo de janeiro, são esperados reajustes do transporte público, aumentos anuais das contas de luz, fazendo da eletricidade mais cara, para além do acionamento da bandeira tarifária. A gasolina e o diesel também devem sofrer um aumento para 2021.

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Este ano termina com uma alta acumulada de 21,9% do gás de cozinha realizado pela Petrobras, cobrança adicional de R$ 6,24 para cada 100 KWh na energia elétrica pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a estimativa da LCA Consultores é de uma alta de 2,42% para os preços administrados pelo governo em 2020 e de 3,70% em 2021. Além do fim do auxílio emergencial, 2021 trará novos reajustes para os mais pobres. Com o aumento dos preços e o aumento da pobreza, os trabalhadores são obrigados a cozinhar com carvão e álcool. O número de acidentes com álcool aumentou imensamente na pandemia.

"Faço dobradinha, feijoada, sarapatel, essas comidas assim grosseironas. Fiz um fogareiro e estou cozinhando no carvão, que é mais rápido e mais barato do que o gás" diz Anely Rodrigues dos Santos em entrevista a BBC. Com 48 anos, a trabalhadora desempregada que esta vendendo marmitas para se sustentar e que passou a usar carvão no lugar do gás cozinha por conta da alta do preço do item.

Segundo o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, a inflação da população de renda muito baixa chegou a 5,33% no acumulado de 12 meses até outubro, comparada a alta de 3,92% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Outro articulador importante no orçamento dos mais pobres, o aluguel sofre a pressão de um IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) em alta de 24,52% em 12 meses até novembro.

Na sexta-feira (4/12), o IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1) da FGV (Fundação Getúlio Vargas), que mede a inflação para famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos, mostrou quadro semelhante, com uma alta acumulada em 12 meses de 5,82% até novembro, puxada por avanço de 17,06% dos alimentos no período. Isto é, a inflação foi aumentada pela elevação do preço dos alimentos, e quem sentiu mais duramente isso foram os trabalhadores mais pobres.

Com o aumento dos casos de Covid-19, do desemprego, alta dos preços dos alimentos, do transporte público e energia elétrica, a vitória dos chamados “partidos do Centrão” nestas eleições, os partidos da ordem burguesa, a direita tradicional que fez parte do golpe institucional de 2016, junto a extrema direita de Bolsonaro estarão focadamente empenhados em descarregar essa crise nas costas dos mais pobres e este cenário somente poderá ser revertido e combatido por meio da luta de classe levada a frente pela classe trabalhadora a partir de agora.

 
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