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VACINA
Empresários poderão comprar vacina privada após aval do governo federal
Ana Vitoria Cavalcante

Empresas discutiram a aquisição das 33 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca nesta segunda-feira, 22.

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Foto: REUTERS/Dado Ruvic

O governo federal encaminhou a fabricante AstraZeneca uma carta na qual dá permissão para a compra de lote com 33 milhões de doses da vacina por empresas privadas brasileiras.

A carta é assinada pelos ministros Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) e José Levi (Advocacia-Geral da União), assim como pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco.

Algumas das condições para aquisição das vacinas seria a destinação de metade das doses para Sistema Único de Saúde (SUS), a não comercialização do imunizante e sua aplicação de forma gratuita aos funcionários das empresas, assim como o rastreamento das mesmas. Entretanto para conseguir efetivação da compra as empresas precisam conseguir autorização para importação e uso emergencial da vacina pela Anvisa.

A reunião das empresas interessadas aconteceu nessa segunda-feira, 22, contou com 72 participantes, nesta reunião foi dada a previsão de que, após a efetuação da compra e a transferência de recursos, as vacinas chegariam em dez dias no Brasil.

Em um momento que a população agoniza com mais 217 mil mortes e mais de 8,8 milhões de casos de Covid-19, tendo que enfrentar leitos de UTIs e enfermarias lotados em várias partes do país, sendo Manaus o caso mais escancarado da irracionalidade capitalista, o governo avança pra dar nas mãos da iniciativa privada doses que deveriam ser totalmente destinadas ao grupos prioritários, pois nesse momento o número de vacinas nacionais não atende 5% deste grupo. O Brasil não possui vacina nem para metade dos trabalhadores da saúde e nem para 99,5% de idosos.

Essa situação de calamidade na saúde é fruto da política negacionista de Bolsonaro, que além de não garantir testes massivos e recursos para o combate da pandemia avançou nos ataques aos trabalhadores com a retirada de direitos. Essa situação teve aval de governadores, como Doria, que tenta se cacifar como o grande herói na questão das vacinas enquanto avança em impor a volta as aulas em meio a alta de casos do Covid-19 no estado, e outros setores do regime como o Congresso e STF.

É urgente um plano científico e racional de vacinação, que dê à imunização universal e gratuita a população, não a uma pequena parcela dela. Sabemos que, se desde o começo da pandemia, os trabalhadores tivessem em suas mãos o controle da economia e das pesquisas poderiam organizar com êxito todas as condições para a execução de um plano racional de imunização universal.

 
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