FOTO: JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA/ALESP
Nesta quarta-feira, 10, Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa de São Paulo aprovaram a denúncia apresentada por Isa Penna (PSOL) contra o deputado Fernando Cury por quebra de decoro parlamentar.
Em dezembro do ano passado, 2020, o deputado apalpou a deputada durante uma votação do orçamento do estado, em pleno plenário. Isa Penna o denunciou para o Conselho de Ética, dentro de seu próprio partido (Cidadania) e no Ministério Público de São Paulo.
Em sua defesa, Cury teve a audácia de negar o ocorrido - que aconteceu diante dos olhos de todos e ainda foi filmado e denunciado nas redes - e pediu pela suspeição do correligionários de Isa Penna, Carlos Giannazi, Erica Malunguinho e Monica Seixas, arrolados como testemunha.
Sua defesa alegou que o assédio teria sido "rápido e superficial abraço" e o deputado "jamais teve uma única queixa de desrespeito às mulheres, mas sim elogios". Rápido e superficial??? O que então o deputado teria que ter feito para ser considerado um assédio? Mesmo a enquadrando por trás, apalpando seus seios, o deputado ainda apresenta uma defesa que diz que foi só algo superficial? Inadmissível!
Agora, a presidente do Conselho de Ética, Maria Lúcia Amary (PSDB), passou a responsabilidade ao deputado Emídio de Souza para ser o relator do caso e o mesmo terá até 15 dias para apresentar seu parecer.
O colegiado pode decidir pela absolvição, advertência, suspensão ou até a cassação de Cury, desde que seja atinja a maioria, isto é, cinco membros.
Caso a penalidade mais grave seja escolhida, o caso segue para o plenário da Alesp, onde basta maioria simples, de 48 votos, para o parlamentar ser cassado.
Veja aqui: Toda solidariedade à deputada Isa Penna do PSOL, assediada por Fernando Cury do Cidadania.
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