Não é exagero nem sensacionalismo dizer que trata-se de uma política assassina para proteger os interesses dos empresários. O prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo (MDB) chegou a convocar as pessoas em live para que entregassem suas vidas em nome da economia.
O professor Sergio Roth tinha apenas 40 anos e nenhuma comorbidade, estava sendo obrigado a se deslocar até a escola por determinação do prefeito Leornardo Pasqual (PP) e seus legisladores. A secretária de escola Liane Peletti, que trabalhava na EMEI Pedacinho do Céu em Esteio RS, também foi vítima dessa política assassina. Em Imbé, a professora da Escola Municipal Olavo Bilac, Carla Patricia Morais foi a terceira morte precoce pela insistência dessa política de abrir escolas a qualquer custo em meio ao pior cenário da pandemia.
Ironicamente a prefeitura de Imbé decretou luto de 3 dias, e publicou no facebook que após esses 3 dias de luto a escola voltaria a abrir. Porém na noite desse domingo a 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital aceitou e deferiu uma liminar que suspende aulas presenciais em escolas públicas e privadas em todo o estado do RS. A liminar foi ajuizada pelo CPERS/sindicato e pela Associação Mães e Pais pela Democracia.
A questão que fica é: até quando essa liminar será mantida? Essa decisão sobre quando e como devem voltar as aulas presenciais tem que ficar nas mãos de políticos e juízes? Ou tem que estar em nossas próprias mãos por meio das gestões democráticas das escolas? Que as comunidades, junto dos profissionais da educação decidam em assembleias. Chega de ver nossos colegas morrerem! Juntos temos o poder democrático de decidir como devem ser nossas escolas, pois as escolas são das comunidades e não dos prefeitos ou do governador.
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