Foto: Caíque Rodrigues/G1 RR
Os imigrantes que chegam ao Brasil são atendidos no Posto da Operação Acolhida. Enquanto aguardam sua vez os venezuelanos aguardam em longas e demoradas filas, além de não terem locais adequados para dormirem, são famílias inteiras que dormem em pedaços de papelão nas ruas, com tudo que eles têm, as roupas de corpo e algumas malas.
Como já denunciamos aqui no Esquerda Diário, o bloqueio à fronteira com a Venezuela e a Bolívia foi mais uma das vezes que o imperialismo estadunidense colocou suas mãos na política nacional. Os migrantes que arriscam suas vidas atravessando a fronteira estão em situação de vulnerabilidade por conta do embargo aplicado pelo governo dos EUA, na época ainda com Trump à frente.
O governo Bolsonaro se embasou nas recomendações da Agência Nacional da Saúde (ANVISA) para barrar o acesso dos migrantes no ano passado, mas sabemos que o motivo real é a total submissão às vontades do governo ianque. De forma racista e xenofóbica os venezuelanos estavam impedidos de entrar no país enquanto os transporte de mercadoria estava liberado, escancarando o caráter reacionário desse governo, que coloca o lucro à frente da vida das pessoas.
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A grande maioria dos imigrantes que chegam no Brasil, usam rotas clandestinas conhecidas como “trochas”, por não terem como pagar o transporte das rotas oficiais, entre os refugiados estão crianças e adolescentes desacompanhadas, idosos, pessoas com deficiência. Ao apostarem sua vida na travessia essas pessoas passam por mais um desafio, que é viver nas ruas de Pacaraima, expostos a todo tipo de insalubridade, como ao coronavírus, já que a maioria não possui máscaras.
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