Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil
Nesses dois anos e meio não foram poucas as figuras abjetas que comandaram ministérios no governo Bolsonaro. Quem lembra de Bebianno, o dono das laranjas que morreu cheio de histórias para contar? Esse foi o primeiro a cair após o escândalo de corrupção conhecido como Laranjal do PSL. O homem foi ministro-chefe da Secretaria-Geral da presidência da República por um curto tempo e hoje quem ocupa o cargo é o perdoado de Sergio Moro, mestre do caixa 2, Onyx Lorenzoni.
Falando em Sergio Moro, o homem dos melindres também foi um dos ministros que caiu em meio a uma crise. Bolsonaro estava louco para controlar de perto a PF e parece que se arrependeu de ter dado “superpoderes” ao curitibano. Atrás dele veio o atual candidato ao STF, pastor André Mendonça.
Outras figuras asquerosas também já subiram e caíram dos ministérios de Bolsonaro, como foi caso de Vélez e Weintraub que, apesar da insistência, não conseguiram destruir a educação pública no país (graças à resistência estudantil). Ambos saíram em meio a crises e deixaram o ministério com um homem que quase ninguém lembra o nome, e certamente ninguém lembra algum feito positivo, mas é igualmente inimigo dos estudantes, Milton Ribeiro.
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O minstério da saúde, então, nem se fale. Mandetta, Teich e Pazuello foram os nomes que antecederam Queiroga. Cada um tem a sua parcela de culpa na criminosa gestão da pandemia.
Essa conta de 27 trocas não leva em conta secretários da cultura, pois Bolsonaro fez o descalabro de rebaixá-la à série B dos ministérios. Mas nessa área tivemos também nomes “incríveis” como Regina Duarte e Roberto Alvim, o troll do vídeo nazista.
E falando nesse assunto, tivemos também Ernesto Araújo, o mentecapto trumpista que foi caído após a derrota do chefe mor estadunidense, Donald, e forte pressão do imperialismo com o Partido Democrata à frente. Em seu lugar entrou outro menos espalhafatoso, mas igualmente reacionário. Outro trumpista que caiu foi Ricardo Salles após ter devastado a floresta amazônica, o cerrado, o pantanal e enchido o bolso de seus amigos madereiros.
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Via de regra as mudanças ministeriais de Bolsonaro serviram para tentar conter crises. Num momento de enorme rechaço à sua gestão, após mais de 550 mil mortes por Covid, um desemprego altíssimo, inflação galopante para as camadas mais pobres da população, a miséria crescente, as trocas têm sido no sentido de acomodar o Centrão dentro de seu governo. O bom filho à casa retorna, apesar das verborragias, e agora a Casa Civil está nas mãos de Ciro Nogueira, senador do PP, ex-aliado de Lula e réu em vários casos de corrupção.
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Veja abaixo lista de trocas:
- Ricardo Vélez sai do Ministério da Educação (entra Weintraub)
Weintraub sai do Ministério da Educação (entra Decotelli)
Carlos Decotelli não chega a empossar no ministério (entra Antonio Paulo Vogel)
Antonio Paulo Vogel sai do MEC (entra Milton Ribeiro)
- General Carlos Alberto dos Santos Cruz sai da Secretaria de Governo (entra Ramos)
Luiz Eduardo Ramos sai da Secretaria de Governo (entra Flávia Arruda)
Sergio Moro sai do Ministério da Justiça (entra Mendonça)
- André Mendonça sai do Ministério da Justiça (entra Anderson Torres)
Luiz Henrique Mandetta sai do Ministério da Saúde (entra Teich)
- Nelson Teich sai do Ministério da Saúde (entra Pazuello)
Pazuello sai do Ministério da Saúde (entra Queiroga)
Ernesto Araújo sai do Itamaraty (entra Carlos Alberto França)
Fernando Azevedo sai do Ministério da Defesa (entra Braga Netto)
Onyx Lorenzoni sai da Casa Civil (entra Braga Netto)
- Walter Braga Netto sai da Casa Civil (entra Ramos)
- Luiz Eduardo Ramos sai da Casa Civil (entra Ciro Nogueira)
Ricardo Salles sai do Meio Ambiente (entra Joaquim Alvaro Pereira Leite)
André Mendonça sai da AGU (entra Levi)
José Levi sai da AGU (entra Mendonça de novo)
- Osmar Terra sai do Ministério da Cidadania
Marcelo Álvaro Antônio sai do Ministério do Turismo (entra Gilson Machado Neto)
- Gustavo Bebianno sai da Secretaria-Geral da presidência da República (entra Floriano Peixoto)
Floriano peixoto sai da Secretaria-Geral da presidência da República (entra Jorge de Oliveira)
Jorge de Oliveira sai da Secretaria-Geral da presidência da República (entra Onyx)
- Onyx Lorenzoni sai da Secretaria-Geral da Presidência da República (entra Ramos)
Ministério das Comunicações é criado com Fábio Faria à frente
- Ministério do Emprego e Previdência é criado com Onyx Lorenzoni à frente
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