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TRAGÉDIA MARIANA
Deslocamento na barragem de Fundão gera novo alarme da inércia dos capitalistas
Flavia Valle
Professora, Minas Gerais

As recentes notícias acerca da maior tragédia ambiental do país que envolve as grandes empresas mineradoras Samarco, Vale e BHP seguem sendo preocupantes. A mais recente é a do deslocamento de terra na barragem do Fundão. Enquanto isso, os planos de emergência apresentados são insuficientes e denúncias de antigos alarmes de rompimento aparecem, mas segue a lógica dos capitalistas de fazer o mínimo ao redor da tragédia para manter seus lucros e seu domínio sobre as regiões mineradoras.

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Deslocamento de terra na barragem de Fundão

Nesta quarta feira, 27/01, a barragem de Fundão teve um deslocamento de rejeitos de minério tóxico. A mineradora confirmou a informação minimizando-a, dizendo ter sido o deslizamento de pequena proporção. Não houve novas vítimas, ainda que os trabalhadores mais uma vez tiveram que sair às pressas do local. O material que deslocou seriam sedimentos do vazamento anterior

O plano de emergência caso haja o rompimento das barragens de Santarém e Germana foram entregues pela Samarco com atraso, apenas no dia 13/01, e é considerado ineficiente por especialistas e pelo Ministério Público.

Engenheiro alertou empresa sobre risco rompimento

O engenheiro projetista da barragem de Fundão, Joaquim Pimenta de Ávila, disse ter alertado a empresa de um possível rompimento, um ano antes da tragédia. Segundo o especialista, ele alertou sobre o aparecimento de uma trinca que poderia causar um “princípio de ruptura”. Em depoimento à Polícia Federal, ele afirmou que a situação “necessitava de uma providência maior do que a que a Samarco estava tomando”.

É preciso evitar novas tragédias e destruição natural

O confisco dos bens dos poderosos empresários da mineração pode garantir verbas suficientes para um plano de emergência, com obras públicas financiadas pela fortuna dos empresários e seus lucros bilionários. Um plano capaz de evitar novas tragédias e reconstruir as regiões impactadas pelo desastre causado pela ganância capitalista e caminhar para a única maneira capaz de racionalizar a produção de minério sem destruir a vida e as cidades, a reestatização da Vale, controlada pelos trabalhadores e o povo.

Frente a tamanha inércia capitalista movida pela sede de lucro, apenas uma produção racionalizada e planificada da extração de minério é que pode deixar de desmatar as regiões mineradoras, secar nascentes, destruir mananciais, e, o mais urgente, evitar novas tragédias e recuperar as regiões devastadas e atingidas pela tragédia.

 
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