Na manhã desta segunda-feira (23), os rodoviários da Carris em Porto Alegre iniciaram uma paralisação contra a privatização que o prefeito Melo quer passar e entregar de bandeja para os barões do transporte público. A PL da privatização pode ser votada a qualquer momento na Câmara e os trabalhadores se organizaram para iniciar essa paralisação. A Brigada Militar de Eduardo Leite garantiu que alguns ônibus saíssem da garagem, mas com a adesão forte da categoria muitos ônibus não estão saindo. Melo veio esbravejar no Twitter contra a mobilização dos trabalhadores chamando de “greve inoportuna” e querendo colocar a população da cidade contra os rodoviários. Além disso, o prefeito anunciou que irá cortar o ponto dos grevistas, atacando um direito legal que os trabalhadores têm de lutar pelos seus direitos e empregos.
Melo quer atacar qualquer tipo de disposição de luta dos trabalhadores e garantir com que a privatização passe sem problemas. O prefeito capacho dos empresários diz que a empresa já está causando muitos prejuízos e privatizar seria a melhor solução para garantir um transporte de mais qualidade. Melo mente quando fala que a Carris dá prejuízo. Mente para justificar a sua privatização que não irá melhorar em nada o transporte de Porto Alegre, como já sabemos como funciona as empresas privadas. Que inclusive durante a pandemia as privadas simplesmente abandonaram as linhas de ônibus para salvar os seus lucros, e essas linhas foram encampadas pela própria Carris que garantiu o atendimento dessas linhas para toda a população da cidade. O que o prefeito quer é entregar esse patrimônio público a essa patronal parasita que só quer saber de lucrar em cima da exploração e precarização do transporte público. Muito ao contrário do que garantir um transporte de qualidade, o que é garantido graças ao esforço do trabalho de todos os rodoviários.
Vejam vídeo com militantes do MRT direto da paralisação
Os únicos a ganharem com a venda da Carris são os que já lucram em cima de baixos salários, pouca manutenção, carros velhos e ônibus lotados. Por isso os trabalhadores, a juventude, os estudantes, toda a população que usa o transporte público deve apoiar a luta contra a privatização. As centrais sindicais e os sindicatos da cidade devem se colocar lado a lado nessa luta, ajudando com fundo de greve contra a retaliação do corte de ponto do prefeito, e girando todas as suas forças para fortalecer a luta e engrossar o caldo da mobilização. Algo que o sindicato da categoria deveria estar fazendo, mas segue traindo os trabalhadores sem terem organizado nada até agora e sentando junto com o Melo e os empresários e negociando os ataques.
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