O 13° Congresso dos Metroviários teve entre seus debates a organização de base da categoria, a organização do sindicato e seu estatuto.
Nós, do Movimento Nossa Classe, defendemos junto aos companheiros do Alternativa Sindical de Base (PSTU, CST, LS, MES e independentes) e do Luta Metroviária (LSR) em nossa tese comum, pontos importantes como as assembleias democráticas, a eleição dos delegados sindicais de base prevista em estatuto, os mesmo direitos e condições financeiras entre os dirigentes sindicais e a base, e que o conselho consultivo passasse a ser deliberativo.
E juntos também defendemos a necessidade da rotatividade dos dirigentes sindicais liberados, como forma de combater qualquer distanciamento destes com a base, aumentando sua burocratização, para que os diretores liberados não possam ficar afastados do trabalho por muitos anos e assim irem adquirindo uma condição diferente e privilegiada diante da base da categoria.
Em nossa tese geral do Movimento Nossa Classe, no tema da a organização de base da categoria e o estatuto do sindicato defendemos que é necessária a mais ampla democracia operária em nossa categoria e que é papel dos sindicatos e de seus dirigentes em especial essa garantia. Os sindicatos devem servir como ferramentas de luta revolucionária pelo fim da opressão e exploração. Ao mesmo tempo, devem ser escolas para os trabalhadores aprenderem a tomar decisões e dirigirem uma nova sociedade. Por isso, defendemos a liberdade de tendências políticas nos sindicatos como uma questão fundamental. E consideramos a proporcionalidade em nossa diretoria como a melhor forma para que todas as posições se expressem e se permita acelerar a experiência da base da categoria com as diferentes posições. Além disso, a independência financeira do sindicato em relação ao estado. Também defendemos em nossa tese, para os momentos de greve, o comando de greve formado por representantes eleitos na base, que conduziria a preparação e a direção da greve, estando a diretoria do sindicato diluída neste organismo.
Essa resolução de maior rotatividade dos diretores sindicais liberados foi aprovada no Congresso. Além do limite de 24 meses de afastamento, o diretor liberado deverá permanecer trabalhando ao menos pelo mesmo período em que esteve afastado para que possa voltar a ser liberado. Essa é uma importante conquista que amplia a democracia operária na nossa categoria. Ainda mais diante da ofensiva, que acabou fracassada, da burocracia sindical da Unidade Metroviária (CTB/PCdoB), que compõe a Chapa 1, para avançar na burocratização de nossa entidade e restringir a democracia de base. Em sua tese, defendiam o fim dos delegados sindicais de base, a ampliação da duração do mandato da diretoria do sindicato de três para quatro anos, votações virtuais para eleições sindicais, além de uma mudança estatutária, onde o sindicato não representaria mais os terceirizados.
Toda essa ofensiva da CTB/PCdoB acabou se transformando em recuo diante do amplo rechaço a tais propostas e nem foram levadas à votação. Foi de extrema importância a unidade dos setores da esquerda e no próximo período é preciso fazer valer resoluções importantes como essa, que fortalecerão o Sindicato das Metroviárias e Metroviários e nossa categoria.
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