Em pesquisa realizada entre os dias 13 e 16 de dezembro, em 191 municípios, brasileiros responderam se foi mais do que o suficiente, suficiente ou menos do que o suficiente a quantidade de comida em casa para a própria alimentação e a de sua família.

Entre os que ganham até dois salários mínimos, 37% responderam que a quantidade de comida foi menor do que o suficiente para garantir a alimentação de sua família durante esse ano e 23% deixaram de fazer alguma refeição no dia por falta de alimento. Brasileiros que ganham entre dois e cinco salários mínimos e responderam que também não tiveram acesso à comida o suficiente, somam 17%.

Já entre as pessoas em situação de desemprego, 45% afirmaram não ter comida o suficiente em casa. Em todos as regiões do país, o índice de pessoas com insegurança alimentar ou fome, ultrapassa 20%, chegando o Nordeste à triste marca de 35%.

89% dos entrevistados responderam que a fome aumentou no país durante a pandemia. Dados do relatório "Insegurança Alimentar e Covid-19 no Brasil" mostram que 43,4 milhões de brasileiros não tinham alimentos em quantidade suficiente e 19 milhões enfrentam a fome durante a pandemia.

Essa situação de fome no Brasil de Bolsonaro, marcado por fila do osso, comida do lixo, aumento da inflação e uma série de ataques garantidos com o Congresso, STF e os governos estaduais, escancara que os capitalistas querem jogar as crises econômica, política, sanitária e social nas costas dos trabalhadores, das mulheres, dos negros, da juventude e LGBTs, que cada dia mais, se veem sem condições de arcar com as demandas básicas para sobreviver.

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